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21.06.2022Ilustrações de Margaret Mee encantam visitantes no Jardim Botânico
O Jardim Botânico oferece aos visitantes uma nova atração. O prefeito Rafael Greca inaugurou na manhã desta terça-feira (21/6), primeiro dia do inverno, a exposição Flores do Amazonas, que reúne na Galeria Quatro Estações, ilustrações botânicas da artista britânica Margaret Mee.
Acompanhado do cônsul honorário do Reino Unido em Curitiba, Adam Petterson, Greca percorreu a galeria apresentando para o público os desenhos da artista, reconhecida mundialmente pelos registros da flora brasileira que realizou durante os mais de 40 anos em que viveu no país.
“Margaret Mee, embora inglesa, foi grande e foi nossa”, disse o prefeito. “Era uma súdita britânica apaixonada pela fascinante natureza do Brasil e suas obras são uma espécie de espelho para olharmos a nossa biodiversidade”, descreveu Greca.
A mostra, produzida pela Fundação Cultural de Curitiba, faz parte da programação da Prefeitura para o Mês do Meio Ambiente, das comemorações da Semana Cultural Britânica e da programação do Inverno Curitiba 2022. A solenidade foi animada pela Família Folhas e contou com um recital da flautista Zélia Brandão.
Acervo do Sítio Roberto Burle Marx
As 18 ilustrações pertencem ao acervo do Sítio Roberto Burle Marx, unidade especial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e integram o livro Flores do Amazonas, publicado em 1980. Os trabalhos são resultado das expedições da artista pela Amazônia brasileira, entre 1970 e 1978.
Para o cônsul britânico, o Jardim Botânico de Curitiba é o espaço perfeito para a exposição. “Não vejo lugar mais apropriado. Margaret Mee passou muitos anos no Brasil e ficou fascinada pela natureza. Essas obras fantásticas fazem uma conexão histórica entre o Paraná e o Reino Unido”, observou Petterson.
Visitantes encantados
A mostra chamou a atenção dos visitantes que circulavam pelo Jardim Botânico. “Simplesmente deslumbrante”, resumiu Elizabeth Giaretta Rocha, moradora do bairro Hugo Lange, que passeava pelo local com a amiga Maria da Luz Telles Carneiro. “A exposição é maravilhosa. Podemos vir aqui mais de 200 vezes e sempre nos maravilhamos com esse lugar”, completou Maria da Luz.
Turista do Mato Grosso, o estudante Yan Thor também gostou da exposição e do espaço que visitou pela primeira vez. “Achei fantástico, é de uma harmonia incrível”, comentou. “Já estive aqui outras vezes, mas cada visita é uma sensação única. E agora, com essa exposição, fiquei extasiada”, disse sua amiga Alijhenis Melo, de Joinville.
Acompanharam a inauguração a presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Ana Cristina de Castro, a secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza Oliveira Dias, e o assessor de Relações Internacionais da Prefeitura de Curitiba, Rodolpho Zannin Feijó.
A artista
Margaret Mee tinha 43 anos quando chegou ao Brasil em 1952 e se tornou professora na Escola Britânica de São Paulo.
Formada em pintura e design em Londres, encantou-se com as formas e cores da flora brasileira, o que acabou direcionando o seu trabalho para a ilustração botânica, técnica secular de desenho e pintura que se caracteriza pela fidelidade científica.
Margaret Mee ilustrou inúmeras espécies da mata atlântica e da floresta amazônica, esta última o foco maior de seu interesse e pesquisa. Ao longo de três décadas, realizou 15 expedições àquela região.
A obra da artista, além da importância pela descoberta e registro de variadas espécies, representa um legado para o conhecimento científico do ecossistema e um chamado para a necessidade de proteção e preservação da Amazônia.
Algumas espécies de plantas registradas pela artista, desconhecidas pela ciência, levaram seu nome em sua homenagem, incluindo a Aechmea meeana, a Sobralia margaretae e a Neoregelia margaretae. Em 36 anos de residência no Brasil produziu 400 pranchas de ilustrações em guache, quarenta sketchbooks (cadernos de esboços) e quinze diários.
Margaret Mee faleceu na Inglaterra em 1988, aos 79 anos, em um acidente de automóvel.
A artista também foi várias vezes homenageada no Brasil. Em 1994, foi tema de desfile de carnaval, com o enredo Margaret Mee, a Dama das Bromélias, da Escola de Samba Beija-Flor.
Serviço: Flores do Amazonas, de Margaret Mee
Local: Galeria das Quatro Estações – Jardim Botânico
Datas e horários: de 21 de junho a 15 de setembro de 2022. Diariamente, das 10h às 18h
Entrada grátis
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