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21.01.2016Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa
A primeira Edição do Calendário "Cultura Humanidade" lembra o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. As fotografias são de Dalton Dien.
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Texto de Marco Boeing, Dirigente Umbandista, e Egbomy Marcio Marins, do Fórum Paranaense das Religiões de Matrizes Africanas:
Visando coibir outras atitudes discriminatórias e, como um ato em homenagem à Mãe Gilda, símbolo de um dos casos mais marcantes de preconceito religioso no país, em 2007 foi sancionada a Lei nº 11.635, que faz do 21 de janeiro o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. A data, que é celebrada por todos os praticantes das religiões de matriz africana, serve ainda como reflexão e motivação na busca pela liberdade do culto religioso e combate ao racismo.
O limite da intolerância – Em outubro de 1999 o Brasil testemunhou um dos casos mais drásticos de preconceito contra os religiosos de matriz africana. O jornal Folha Universal estampou em sua capa uma foto da Iyalorixá Gildásia dos Santos e Santos – a Mãe Gilda – trajada com roupas de sacerdotisa para ilustrar uma matéria cujo título era: “Macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida dos clientes”. A casa da Mãe Gilda foi invadida, seu marido foi agredido verbal e fisicamente, e seu Terreiro foi depredado. Mãe Gilda não suportou os ataques e, após enfartar, faleceu no dia 21 de janeiro de 2000.
Este é um caso típico, mas existem muitas outras formas de intolerância religiosa, silenciosas ou não.
Brincadeiras como o ditado “chuta que é macumba”, demissões de pessoas que seguem as religiões de matriz afro, denúncias falsas contra os terreiros, até mesmo “olhares” acusadores, etc. Tudo isto faz parte do dia a dia dos religiosos de matriz afrobrasileira, ou seja, umbandistas e candomblecistas.
Hoje lutamos pelo nosso direito, um direito, que apesar de ser garantido pela Constituição Federal, é muito pouco respeitado. Mas não desistimos, seguimos em frente, com fé e principalmente respeitando e entendendo as diferenças.
LIBERDADE RELIGIOSA:
Sou diferente por que “recebo”, um Preto Velho e não o Espírito Santo?
Sou menos evoluído por que louvo a Oxalá e não a Jesus Cristo?
Não, sou apenas um umbandista ou candomblecista que tem o direito a expressar sua fé de acordo com sua crenças.
Não foi o próprio Jesus quem disse: “muitos são os caminhos que levam ao pai” ?
Então, deixem que eu siga o caminho que escolhi.
Liberdade Religiosa não é um beneficio concedido a alguns, é um direito de todos.
Marco Boeing, Dirigente Umbandista, e Egbomy Marcio Marins
Fórum Paranaense das Religiões de Matrizes Africanas
Autor: Assessoria de Imprensa
Fonte: FCC
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