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28.08.2013Setor de Artes Visuais debate políticas públicas no Papo de Classe
Políticas públicas em geral, editais, segurança dos espaços, ocupação de ruas e praças e como atingir mais público, dentro ou fora de Curitiba, estiveram entre os temas debatidos no Papo de Classe destinado às Artes Visuais, realizado na última segunda-feira (27) no Memorial de Curitiba.
“Costumamos confundir políticas públicas com editais. Nós queremos ir além”, afirmou o presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Marcos Cordiolli. “A arte não pode nem deve ter que viver somente de recursos públicos”, completou.
Entre as preocupações dos participantes com os editais, estavam a forma com que são elaborados e o julgamento, que alguns participantes preferem que sejam feitos também por pessoas de fora do município.
Cordiolli também lembrou que a ideia da Fundação Cultural é continuar, através dos editais, fomentando principalmente primeiros trabalhos e trabalhos autorais e experimentais. “Outros podem e devem caminhar para o mercado e se tornarem autossustentáveis, e estamos viabilizando mecanismos para isso.”
O presidente da Fundação Cultural concordou que há problemas nos editais atuais, mas garantiu que o órgão está disposto a enfrentá-los em editais futuros. Ele explicou que a suspensão ou cancelamento dos atuais, como alguns participantes pediram, poderiam acarretar na perda dos recursos, pela falta de tempo para elaborar novo documento.
Lei de Incentivo
Ainda no tema, Cordiolli indicou que amarras impostas pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura devem ser reformadas, e a própria burocracia reduzida com ações como uma digitalização maior dos processos. Mas o presidente lembrou que exigências externas, como as feitas pelo Tribunal de Contas do Estado, impedem que muitos desejos da classe sejam atendidos.
Para isso, ele pediu que a classe não cobre apenas a Fundação, mas também o Poder Legislativo. E que participe dos fóruns setoriais, que segundo ele são a maior garantia de democratização das decisões. Ainda assim, Cordiolli ressaltou que há intenção de realizar audiência pública para discutir os futuros orçamentos da FCC, e os futuros editais podem ser debatidos oportunamente.
Sobre a atração de mais pessoas a exposições, Cordiolli disse que ações como o Educultura podem ajudar a formar novos públicos. Além disso, ele afirmou que a Fundação irá trabalhar mais intensamente para tornar os atuais espaços mais conhecidos, e também na descentralização – um exemplo é transformar espaços das Regionais em espaços culturais.
Quanto à segurança e manutenção dos espaços, o presidente da Fundação reconheceu que há problemas, mas explicou que grande parte deles deriva da falta de funcionários. O último concurso na FCC aconteceu há 19 anos, mas há previsão de novo concurso para o ano que vem.
Artistas
Por mais que a quantidade de reivindicações fosse grande, os participantes aprovaram o fato da Fundação ter chamado a classe para conversar. “Foi uma oportunidade importantíssima para discussão. Espero que essas conversas voltem a acontecer, com mais frequência e focos mais objetivos. É só discutindo que será possível mudar as políticas culturais”, afirmou Denise Bandeira.
Ela elogiou a iniciativa da Fundação de conversar diretamente com a classe. Para ela, faz parte do papel dos órgãos públicos abrir espaço para a sociedade e atender às demandas da maioria.
Fernando Ribeiro considerou o debate positivo e ressaltou a importância de se perceber a peculiaridade de cada área da cultura. “Há diferenças até dentro das áreas”, observou. “Essas conversas demonstram um posicionamento claramente aberto ao diálogo por parte da Fundação”, concluiu.
Pelo Facebook, Sérgio Moura lamentou que boa parte do tempo de debate tenha sido destinada ao que considerou “colocações estreitas”. “O que mais me sensibilizou, contudo, é conferir a tentativa dessa gestão em buscar a construção de uma Política Cultural para nossa cidade”, o que considerou um “esforço corajoso” para corrigir pendências que vêm desde a década de 1980.
Confira no Flickr mais fotos do Papo de Classe das Artes Visuais.
Autor: Assessoria de Imprensa
Fonte: Fundação Cultural de Curitiba
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