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07.05.2010Seminário encerra com debate sobre patrocínio e capacitação de gestores culturais

O I Curso de Gestão e Financiamento da Cultura e do II Seminário Cultura, Cidade e Desenvolvimento, promovidos pela Fundação Cultural de Curitiba, em parceria com o Observatório Itaú Cultural e o Fórum Nacional dos Secretários Dirigentes  de Cultura das Capitais, terminou nesta sexta-feira com palestras de do secretário de fomento do Ministério da Cultura, Henilton Parente de Menezes e do professor da FGV, coordenador do Projeto MINC/FGV de Formação de Gestores Culturais, Enrique Saravia.

Durante a palestra, o secretário de Fomento foi questionado se, com a nova lei da cultura, em discussão no Congresso Nacional, haverá ou não mudança de posição do empresariado no que se refere ao patrocínio cultural. "Estamos dialogando com os empresários para que isso não aconteça e eles estão demonstrando sensibilidade à questão. Não acredito que os grandes patrocinadores vão deixar de patrocinar cultura porque vão ter que entrar com 20% do dinheiro e não terão mais os 100%", comenta o secretário de Fomento. Ele dá continuidade ao raciocínio afirmando que é preciso acabar com a idéia de que o empresariado coloca sua marca num projeto, tem visibilidade, sem tirar dinheiro do bolso.

Ao ouvir críticas sobre a falta de discussão no que se refere à formação cultural dos cidadãos e à falta de manutenção dos espaços culturais, mostrou concordar que falta investimento básico no indivíduo, afirmando que "Ministérios da Cultura e Educação precisam realmente dialogar mais e desenvolver programas conjuntos". Com relação aos equipamentos, Henilton anunciou que serão abertos ainda neste semestre editais que vão possibilitar a solicitação de manutenção dos espaços. "Para isso vão ser destinados R$800 milhões de reais, um generoso crescimento no valor que era de R$200 milhões", afirma.

Capacitação de gestores - Como coordenador do Projeto MINC/FGV de Formação de Gestores Culturais, Enrique Saravia é de opinião que só capacitar não resolve. "Me refiro principalmente à capacitação de gestores culturais nas regiões mais afastadas, que recebem poucos recursos. Nesses locais é preciso também ter uma forma de assessoramento para que os gestores possam fazer questionamentos relacionados, por exemplo, a problemas de direitos autorais, sobre tributos e tantos outros detalhes que surgem no momento de uma produção", comenta.

Durante a palestra que fechou o evento, Enrique Saravia criticou o setor cultural, dizendo ser preciso "uma interação maior do pessoal da cultural com as outras áreas sociais. A legitimação não pode vir apenas do próprio grupo. Tem que vir do público", destaca.

Com relação ao financiamento da cultura Saravia afirma não ser possível que criação de emprego, contribuição para o PIB e interesse fiscal sejam os únicos argumentos de convencimento para que o setor empresarial se interesse pelo segmento. "O maior argumento tem que ser o direito à cultura, o direito à cidadania", diz.

Serviço:
Curso Gestão e Financiamento da Cultura e II Seminário Cultura, Cidade e Desenvolvimento

Informações: seminario_info@fcc.curitiba.pr.gov.br
www.fundacaoculturaldecuritiba.com.br
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Autor: Assessoria de Imprensa

Fonte: Fundação Cultural de Curitiba

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