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17.06.2010Lição de cidadania na Exposição “Pátria de Chuteiras”

Uma lição de cidadania em época de Copa do Mundo: crianças e adolescentes que fazem parte dos times de base do Atlético Paranaense, Coritiba e Paraná Clube mostraram que fora das quatro linhas a convivência é pacífica. Lado a lado, eles visitaram nesta quarta-feira (16) a exposição Pátria de Chuteiras, no Memorial de Curitiba, acompanhados dos craques Paulo Rink e Rodrigo Batata, e ficaram conhecendo um pouco mais da história das Copas desde 1930.

Com um olho na camisa 100% Jardim Irene, que Cafu usou na final da Copa do Mundo de 2002, as crianças Murilo e Henrique e o adolescente Gabriel, cada qual jogador de um time diferente, conversavam sobre ter amigos de outros times. Quando o ex-jogador do Bayern Leverkusen, Paulo Rink chegou para ver a exposição o bate-papo foi deixado de lado momentaneamente e substituído pela agitação para conseguir um autógrafo do ídolo.

Curitibano naturalizado alemão, Rink gostou de ver as crianças de vários times reunidas. "É importante que eles convivam desde crianças para que aprendam a ser ponderados e deixem a rivalidade só para dentro do campo", comenta.

Essa lição as crianças têm na ponta da língua. Henrique Santos, jogador do time de base do Coritiba, aos 11 anos, já tem claro a importância de uma amizade. "Tenho vários amigos em outros times e eles até podem fazer gol em cima da gente e ganhar um jogo importante, mas não vou deixar de ser amigo deles, de jeito nenhum", diz com segurança. Gabriel Rebuli, 14 anos, joga no Atlético e tem a mesma certeza ao afirmar que não perde um amigo por causa de jogo. Só que garante: "a amizade continua, mas que eu revido o gol, eu revido", diz em tom de brincadeira, provocando a risada de alguns visitantes que não tiveram outra alternativa a não ser desviar por instantes o olhar das camisas usadas ou por Beckenbauer em 1970 ou as vestidas por Pelé e Maradona. As chuteiras de Puskas, usadas na Copa de 54, Robinho, Kaká, Lucio e Luis Fabiano também foram alvo de interesse dos jogadores mirins, que tiveram como comparar a tecnologia atual com a que era usada nas primeiras copas.

Vestindo não só as chuteiras, mas o uniforme completo do Paraná Clube, o jogador do time, Murilo Martins, antes de sair da exposição, mostrou com seus 7 anos uma maturidade não encontrada em muitos adultos. Nas palavras dele: "Não é porque a gente toma um gol que isso vai mudar a nossa vida. Também posso fazer um gol. Não dá para perder uma amigo só por isso", ensina o pequeno.

A ideia de reunir os futuros craques para a visita à exposição partiu da Fundação Cultural de Curitiba, como forma de valorizar o tema. "O futebol é faz parte da cultura do país e na seleção estão unidos jogadores de vários times, assim é importante reforçar o respeito que se deve ter dentro e fora de campo", destaca Janine Malanski, diretora de marketing da FCC.

A exposição - A exposição Pátria de Chuteiras veio para a capital numa parceria entre Prefeitura de Curitiba, Fundação Cultural de Curitiba, Fundação Cafu e Associação dos Campeões Mundiais. Com curadoria de Ana Gonçalves, a mostra reúne objetos que contam uma parte da história de todas as Copas do Mundo, desde 1930, com destaque para os cinco títulos mundiais conquistados pelo Brasil: 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002.

Entre as atrações da exposição estão a camisa 100% Jardim Irene, que Cafu usou na final da Copa do Mundo de 2002; a camisa da Itália que Roberto Baggio usou quando perdeu o pênalti na final da Copa de 94, contra o Brasil; as chuteiras usadas por Puskas na Copa de 54; a camisa usada por Beckenbauer em 70; camisas usadas por Pelé e Maradona, chuteiras de Robinho, Kaká, Lucio e Luis Fabiano. Na mostra também estão fotos, vídeos e outros objetos como a miniatura da Taça Jules Rimet entregue a cada um dos campeões da copa de 1970.

Serviço:
Exposição Pátria de Chuteiras
Local: Memorial de Curitiba - Rua Claudino dos Santos,79 -Setor Histórico
Data: até 18 de julho.
Horário: segunda a sexta, das 9h às 12h - das 13h às 18h. Sábados e domingos, das 9h às 15h.
Entrada franca

Autor: Assessoria de Imprensa

Fonte: Fundação Cultural de Curitiba

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