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05.08.2021Semana do Barão do Serro Azul revive feitos do personagem da história curitibana

A Prefeitura e a Fundação Cultural de Curitiba promovem a partir desta sexta-feira (6/8) a 1ª Semana do Barão do Serro Azul, criando um circuito de informação sobre uma das mais importantes personalidades da História do Paraná.

O circuito é formado por oito espaços da cidade que estão relacionados com a vida e os feitos de Ildefonso Pereira Correia, atualmente considerado um dos heróis nacionais por sua atuação na Revolução Federalista. Os espaços receberão um banner de identificação e placas de QR Code que direcionam para informações sobre o Barão.

A Semana do Barão do Serro Azul foi instituída por lei municipal, sancionada no ano passado pelo prefeito Rafael Greca. Os recursos foram resultado de emenda parlamentar encaminhada pelo vereador Serginho do Posto.

A comemoração acontecerá anualmente dentro do calendário oficial de eventos da cidade, na semana do aniversário de nascimento do barão (6 de agosto de 1849).

“O Barão do Serro Azul é um dos personagens mais emblemáticos de nossa História, merecedor das melhores homenagens”, destaca o prefeito Rafael Greca. “Empresário visionário, criador da Associação Comercial do Paraná, gerou desenvolvimento e riqueza ao Paraná.”

Circuito

O circuito começa pelo Solar do Barão, edificação construída por ele como residência de sua família. Hoje, o Solar é um centro cultural que abriga os museus da Gravura e da Fotografia e a Gibiteca, e onde há uma exposição sobre a história do personagem.

No roteiro estão também o Cine Passeio, local onde funcionou a Impressora Paranaense, empresa que imprimia rótulos das embalagens de erva-mate (exportadas para vários países pelo barão); a sede da Associação Comercial do Paraná, da qual Ildefonso Correia foi um dos fundadores; a Pracinha do Batel, onde funcionou o seu engenho de erva-mate; a antiga sede do Clube Curitibano, do qual foi o primeiro presidente, atualmente sede da Cohab; a Escola Tiradentes, construída por ele; a Câmara dos Vereadores, centro político do qual o barão fez parte; e o seu túmulo no Cemitério Municipal.

Todos esses pontos receberão marcações de reconhecimento histórico, formando um circuito permanente na cidade.

Lei

A lei Nº 15.687, sancionada em 10 de setembro de 2020 pelo Poder Executivo, nasceu de uma proposição apresentada pelos empreendedores Luiz Mileck e André Zampier ao Poder Legislativo em 2018. O projeto que inclui a Semana do Barão do Serro Azul no calendário oficial do município foi proposto pelo vereador Serginho do Posto e aprovado com 30 votos favoráveis.

“A ideia é que os curitibanos conheçam mais esse personagem, pelas suas obras e suas ações, reconhecidas nacionalmente”, diz o vereador, ex-presidente da Câmara. “O Barão do Serro Azul foi um empresário inovador, que deixou um legado histórico fantástico para a cidade.”

De acordo com Serginho, a pandemia reduziu o escopo da celebração, em decorrência da necessidade de distanciamento social. Porém a intenção nos próximos anos é promover outras ações que envolvam a cultura na história do Barão.

Herói nacional

Tido como traidor no passado, o Barão do Serro Azul é considerado herói, responsável por Curitiba ter saído ilesa da passagem dos maragatos pela cidade, em plena Revolução Federalista.

Ele morreu cedo, aos 44 anos, em 20 de maio de 1894. Foi fuzilado com outros homens do seu círculo pelas forças legalistas durante a viagem de trem até Paranaguá, sua cidade natal, de onde supostamente seria levado preso até o Rio de Janeiro.

Empreendedor visionário, foi um destacado produtor e exportador de erva-mate. Para produzir os rótulos das novas embalagens em que passou a exportar o produto, estruturou a Impressora Paranaense. A empresa funcionava no local onde posteriormente o Exército construiu a edificação que hoje, restaurada, abriga o Cine Passeio.

A empresa ficava a poucos metros de sua bela residência (adquirida pela Prefeitura e transformada no Centro Cultural Solar do Barão) e da atual sede da Junta Comercial (da qual ele é um dos fundadores).

O Barão do Serro Azul também fundou a Associação Comercial e o Clube Curitibano, além de ter sido deputado provincial e presidente interino da Província. Abolicionista, libertou seus escravos e foi condecorado em 1888 pela Princesa Isabel com o título de Barão do Serro Azul.

Em 2009, após 114 anos de sua morte, teve seus atos de heroísmo reconhecido ao ter o seu nome inscrito no Livro de Aço dos Heróis Nacionais, que fica no salão principal do Panteão da Pátria Tancredo Neves, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Autor: Assessoria de Imprensa

Fonte: Fundação Cultural de Curitiba

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