22.08.2013Papo de Classe: setor teatral e FCC debatem mercado e cenário atual

Produtores, artistas e representantes da área teatral participaram, na última segunda-feira (19), no Memorial de Curitiba, de discussões sobre o setor com o presidente da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), Marcos Cordiolli, o superintendente Igor Cordeiro e outros representantes do poder público. A conversa fez parte do programa Papo de Classe, série de eventos que a FCC está promovendo para discutir o cenário atual de várias linguagens diretamente com artistas, produtores e outros envolvidos.

“Que seja a primeira de muitas e muitas conversas. Vamos fortalecer ainda mais o diálogo com a classe teatral”, declarou Cordiolli ao final do debate. Para ele, o canal aberto com a classe também melhora a representatividade dos fóruns setoriais e, consequentemente, aumenta o controle social sobre as políticas públicas – que é justamente um dos objetivos da FCC.

Outras metas da FCC que Cordiolli fez questão de ressaltar no Papo de Classe são a modernização do órgão – tanto via concurso público, que será preparado durante o ano que vem, como pela qualificação dos funcionários atuais –, um foco maior no relacionamento com os artistas – tendo como prioridade a reorganização do incentivo à cultura, com um fluxograma e calendário factível, regramento para todos os processos e a Lei totalmente informatizada – e, por fim, a expansão dos eventos, buscando atuar em todas as áreas.

Em relação especificamente ao teatro, Cordiolli afirmou que a meta é avançar para a sustentabilidade do setor em Curitiba, através de ações para aumento do público – o Educultura é um dos exemplo –, organização de um grande catálogo de peças disponíveis e mais linhas de fomento para a área, tanto para apresentações em Curitiba como para as companhias locais que querem se apresentar pelo país.

Oportunidade
O coordenador da linguagem de Teatro da FCC, Clovis Severo, considerou a conversa “importantíssima e bastante válida”. Ele acredita que devem ser dadas novas oportunidades como essa à classe: “Que as conversas sejam constantes, para que possamos fazer um balanço das nossas atividades, para regular a conduta e que também sirvam como autocrítica.

Para o representante do Forum das Entidades Culturais de Curitiba, Jewan Antunes, “o importante de manter esse diálogo constante é aproximar os lados, suprindo assim as necessidades da classe.” Entre essas necessidades, ele aponta a reformulação da Lei de Incentivo e uma revisão geral dos editais. Além disso, ele lembra de outra urgências como o mapeamento e a valorização da cultura local e a definição de diretrizes “mais próximas da nossa realidade”.

Porém, para Antunes, a grande valia do Papo de Classe é ter a oportunidade de discutir esses temas diretamente com os agentes públicos. “Uma pena a classe toda ainda não ter percebido o valor disso”, afirmou em relação à participação das pessoas. Ainda assim, ele avaliou que vários segmentos do teatro local acabaram bem representados.

Pontos importantes
Outro que lamentou a baixa participação da classe foi o artista de teatro Eduardo Giacomini. Para ele, a oportunidade de debater o teatro local com o poder público foi positiva, já que vários pontos importantes puderam ser levantados como, por exemplo, a atração de mais público. Mas ele também cobrou mais urgência na materialização de ações em prol do setor. “Já estamos em agosto. Está se cozinhando uma ideia mas ainda falta a concretização de muita coisa. Mas estamos no caminho. Quando se tem governos que impõem é mais fácil concretizar. Na democracia é assim mesmo”, afirmou.

O presidente do Sindicato de Empresários e Produtores em Espetáculos de Diversões do Estado Do Paraná (Seped-PR), José Basso, a conversa da FCC com a classe do teatro foi “fundamental e uma louvável atitude. Quem sabe do que a classe precisa, afinal, somos nós”. Ele foi outro a lamentar algumas ausências, principalmente dos mais jovens. “Que eles venham participar também e não apenas fiquem esperando as coisas serem feitas”.

A atriz Eliane Berger, coordenadora de Artes Cênicas do Fórum das Entidades Culturais de Curitiba, ressaltou que “todo diálogo é importante”, afirmou estar feliz com notícias como a do concurso público a ser realizado por esta gestão, e parabenizou Cordiolli pela iniciativa do Papo de Classe: “Ele tem conversado bastante com todos”. Ela cobrou, porém, mais objetividade do poder público na implantação das políticas que vêm sendo acordadas. “Gosto de prazos, saber o que e quando algo será feito. É isso que a classe me cobra no Fórum”, lembrou.


Próximos encontros

Os encontros do Papo de Classe, promovidos pela Fundação Cultural de Curitiba (FCC) para discutir a política cultural de diversos setores com a classe artística curitibana, ganharam duas novas datas, no mês que vem. Uma delas, 9 de setembro, foi reservada para a fotografia. O dia seguinte ficou para o audiovisual, que anteriormente estava marcado para o fim de agosto.

Os encontros do “Papo de Classe” acontecerão no Auditório Londrina, no Memorial de Curitiba, com entrada franca (confira abaixo os horários e o calendário por setor).

SERVIÇO – “Papo de Classe”
Espaço: Auditório Londrina
Horário: 19h às 21h30
Inscrições pelo e-mail papodeclasse@fcc.curitiba.pr.gov.br, contendo nome, endereço, telefone e área de atuação

Música – 12/08
Circo – 13/08
Teatro – 19/08
Literatura – 20/08
Artes Visuais – 26/08
Dança – 02/09
Novas linguagens (design, gastronomia, arquitetura, etc) – 03/09
Fotografia – 09/09
Audiovisual – 10/09

Saiba como foi o encontro das outras classes:
Música – http://www.fundacaoculturaldecuritiba.com.br/noticias/fundacao-cultural-debate-a-cena-musical-curitibana-com-a-comunidade/
Circo – http://www.fundacaoculturaldecuritiba.com.br/noticias/artistas-circenses-participaram-do-rpapo-de-classer/
Literatura – http://www.fundacaoculturaldecuritiba.com.br/noticias/comunidade-debate-incentivo-a-leitura-e-a-producao-literaria-curitibana/

Autor: Assessoria de imprensa da FCC

Fonte: Fundação Cultural de Curitiba

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