14.08.2013Artistas circenses participaram do “Papo de Classe”

O “Papo de Classe”, série de encontros que estão sendo promovidos pela Fundação Cultural de Curitiba com os segmentos da classe artística, reuniu na noite de terça-feira (13), no Teatro Londrina (Memorial de Curitiba), artistas de rua e artistas circenses. Os representantes da área de circo tiveram oportunidade de expor suas dificuldades e debater propostas para o setor com o presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Marcos Cordiolli, e o coordenador de Circo da FCC, Albanir Moura.

Cordiolli expôs as preocupações da Fundação Cultural em construir, junto com os movimentos e agentes culturais, uma política de circo estruturada e autossustentável, com ações que levem ao crescimento dessa categoria e contribuam para a sua profissionalização e autonomia. Segundo Cordiolli, essa política passa por oferecer espaços físicos para as manifestações circenses, estabelecer um sistema mais organizado de formação de artistas nessa área, divulgar mais intensamente a arte circense curitibana, formar novos públicos, legitimar o circo perante os equipamentos públicos, inclusive os equipamentos culturais mantidos pela FCC, e garantir ao circo o mesmo status das demais artes.

Questionamentos – A proposta do encontro foi bem recebida pela comunidade circense que, entre questionamentos e proposições, abordou suas dificuldades e preocupações – o uso de espaços públicos, como ruas, parques e praças para as apresentações; a abertura de espaço nos veículos de comunicação para apresentações e divulgação dos espetáculos; a criação de escolas de circo; a aproximação dos artistas circenses com o público das escolas de ensino fundamental; e a ênfase a ser dada ao atendimento das comunidades mais afastadas do centro e, portanto, mais carentes de bens culturais.

O presidente da Fundação Cultural concordou que o circo é um elemento essencial na descentralização das atividades culturais. “Quanto mais distantes do centro, mais encontramos o público em potencial para a arte circense, pois o circo tem mais facilidade de chegar até lá”, disse Cordiolli, anunciando que há predisposição da FCC em adquirir, com recursos próprios, novas lonas para o projeto Circo da Cidade. Hoje a Fundação Cultural tem um equipamento de circo funcionando no Alto Boqueirão.

Quanto aos artistas de rua, Cordiolli se comprometeu a marcar em breve uma reunião específica para discutir e regular a atuação desses artistas nos equipamentos urbanos, enquanto tramita na Câmara Municipal a lei que regulamenta essas atividades. “Podemos pensar inclusive numa campanha de valorização e conscientização, para que comerciantes, ambulantes e mesmo o público não hostilizem os artistas de rua”, disse o presidente.

O assessor de Assuntos Institucionais da FCC, Elton Barz, destacou a importância história da comunidade circense na cultura curitibana. “Todo o processo de descentralização da cultura na cidade passou pelo Circo da Cidade”, lembrou. Barz também anunciou o resgate da memória circense por meio da edição de um Boletim Informativo da Casa Romário Martins (publicação periódica da Fundação Cultural), sobre a história do circo em Curitiba.

Encontro produtivo – Para os artistas, produtores e agentes que participaram do “Papo de Classe”, a reunião foi produtiva. “Essa foi a primeira vez que participamos de uma reunião na Fundação Cultural só para falar de circo. Essa gestão abriu as portas para que a gente viesse conversar. Isso é muito importante”, afirmou Paulo Buch Neto, do Circo Queirolo.

O artista Lauro Fernando Monteiro considerou o encontro “excelente” e apostou na realização de novas reuniões como essa. “É bom para a Fundação Cultural conhecer os artistas e também muito bom para que os artistas se conheçam. Hoje conversei com pessoas que não conhecia e que desenvolvem o mesmo trabalho”, disse.

Rafael Barreiros, da Companhia do Palhaço, conta que saiu ansioso para ver os próximos passos. “Espero que desse encontro saiam resultados práticos das ideias e propostas aqui colocadas”, disse. Para Alexandra Gil, do Circo de Alexandria, a reunião foi “nota 10”. “Foi algo inédito. Todos ficaram à vontade para se manifestar. A reunião foi muito democrática. Parabéns pelo empenho em formar políticas públicas reais e com a participação coletiva”, afirmou.

Clique aqui e confira o vídeo da reunião


Próximos encontros

Os encontros do Papo de Classe, promovidos pela Fundação Cultural de Curitiba (FCC) para discutir a política cultural de diversos setores com a classe artística curitibana, ganharam duas novas datas, no mês que vem. Uma delas, 9 de setembro, foi reservada para a fotografia. O dia seguinte ficou para o audiovisual, que anteriormente estava marcado para o fim de agosto. A primeira reunião, cujo tema é a música, acontece nesta segunda-feira (12), no Memorial de Curitiba.

Os encontros do “Papo de Classe” acontecerão no Auditório Londrina, no Memorial de Curitiba, com entrada franca (confira abaixo os horários e o calendário por setor).

SERVIÇO – “Papo de Classe”
Espaço: Auditório Londrina
Horário: 19h às 21h30
Inscrições pelo e-mail papodeclasse@fcc.curitiba.pr.gov.br, contendo nome, endereço, telefone e área de atuação

Música – 12/08
Circo – 13/08
Teatro – 19/08
Literatura – 20/08
Artes Visuais – 26/08
Dança – 02/09
Novas linguagens (design, gastronomia, arquitetura, etc) – 03/09
Fotografia – 09/09
Audiovisual – 10/09

Saiba como foi o encontro das outras classes:
Música – http://www.fundacaoculturaldecuritiba.com.br/noticias/fundacao-cultural-debate-a-cena-musical-curitibana-com-a-comunidade/
Teatro – http://www.fundacaoculturaldecuritiba.com.br/noticias/papo-de-classe-setor-teatral-e-fcc-debatem-mercado-e-cenario-atual/
Literatura – http://www.fundacaoculturaldecuritiba.com.br/noticias/comunidade-debate-incentivo-a-leitura-e-a-producao-literaria-curitibana/
 

Autor: Assessoria de Imprensa da FCC

Fonte: Fundação Cultural de Curitiba

Compartilhe:

imprimir voltar