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01.10.2013 Roda de Leitura conduz idosos ao universo da literatura
Uma história bem contada pode abrir as portas da imaginação, da memória, da fantasia, de novas formas de se perceber e entender o mundo. Para quem já acumulou muitas histórias próprias, compartilhar essas experiências e conhecer outras novas é também uma forma de ganhar vivência e de se entender como parte de um universo maior e mais complexo, ainda a ser explorado, mesmo que a idade do corpo já tenha avançado.
Experiências deste tipo são vividas a cada sessão das Rodas de Leitura promovidas pela Fundação de Ação Social (FAS) e pela Fundação Cultural de Curitiba (FCC) com grupos de convivência de idosos nos Cras (Centros de Referência de Assistência Social) da cidade. A atividade é parte do serviço de fortalecimento de vínculos ofertado no âmbito da Proteção Social Básica da Assistência Social, que prevê ações de convivência e socialização com grupos de cidadãos seniores de toda a cidade.
"O objetivo dessas sessões é apresentar autores e devolver o prazer da leitura a idosos que muitas vezes nunca leram ou perderam o hábito de ler, através de histórias e do resgate de memórias", afirma o mediador de leitura Lucas Buchile, da FCC. Em uma Roda de Leitura promovida na última quarta-feira, dia 25, Lucas levou até um grupo de idosos frequentador do Cras Vila Sandra, na CIC, um conto do escritor pernambucano Osman Lins, "A Partida".
O conto traz a história da última noite de um rapaz que vive com a avó antes de sair de casa: "Estava farto de chegar a horas certas, de ouvir reclamações; de ser vigiado, contemplado, querido. Sim, também a afeição de minha avó incomodava-me", diz um trecho do texto, selecionado especialmente para o grupo. Em seguida à leitura, os participantes puderam comentar alguns trechos específicos e partilhar experiências vividas relacionadas às passagens da obra. "Quem aqui já viveu uma experiência de partida?", perguntou Lucas ao grupo. "Quando tinha 17 anos, casei e saí de perto da minha mãe. Mudei de Telêmaco Borba para Antonina. Tinha medo que minha mãe morresse e não a visse mais. Naquele tempo a gente era muito apegado à família", relatou dona Maria Conceição.
"O objeto de arte aqui é o texto. Nos interessa menos o relato pessoal e mais a alteridade. Muitos tem o livro como uma ideia distante. Nosso papel é trazer isso para o cotidiano. E essa aproximação dá autoridade ao leitor", explicou Lucas.
Além dos Cras, as Rodas de Leitura também são realizadas nas Casas e Espaços da Leitura de Curitiba, em escolas da rede municipal e outros equipamentos da FCC.
Autor: Assessoria de Imprensa
Fonte: FAS
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