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15.01.2021Oficina de Música: Programação terá mais de 80 atrações culturais on-line
Dois novos cursos destinados à sensibilização de familiares e profissionais que atuam com pessoas com deficiência estão na grade de programação da 38ª Oficina de Música de Curitiba, que começa neste domingo (17/1), em versão inteiramente digital. Além de educação musical para deficientes visuais, neste ano também haverá formação para quem atua com surdos e autistas. Esses cursos foram os primeiros a terem esgotadas as inscrições para participantes.
“Mais uma vez a Oficina de Música de Curitiba, ao acolher as diferenças, demonstra como se faz a inclusão de fato”, diz o coordenador dos cursos, o violinista e professor com baixa visão do Rio de Janeiro radicado em Curitiba Luiz Amorim. Além dele, que falará sobre Música e Educação Musical Inclusivas no dia 28/1 (quinta-feira), também foram convidados dois especialistas do Nordeste: a pianista e educadora musical Liana Monteiro de Araújo e o cantor lírico e regente Radamir Lira de Sousa.
Para surdos e autistas
Liana atua no projeto Som Azul, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, e na escola de artes também para pessoas com deficiências 4 x 4, em Natal. No dia 29/1 (sexta-feira), ela abordará as Estratégias e Aplicabilidade do Ensino da Linguagem Musical Para Pessoas Com Autismo. Radamir trabalha com a inclusão de surdos por meio do projeto Vivências Sonoras, no Instituto Federal da Paraíba, em João Pessoa. No dia seguinte, 30/1 (sábado), falará sobre Perspectivas Para o Trabalho de Educação Musical no Contexto Surdo.
O envolvimento dos dois educadores com a educação musical para pessoas com deficiência foi despertado pelos laços afetivos. A filha mais velha de Liana é autista, enquanto a mulher de Radamir tem baixa audição.
“Existe um movimento muito forte acontecendo em torno da pessoa com autismo e, ao mesmo tempo, crescendo a percepção da importância da música no seu contexto”, diz Liana. Por causa de sua linguagem universal, ela conta que a música está sendo usada por profissionais da educação e da saúde como agente para promover o desenvolvimento e a inclusão social de quem tem autismo.
Para Radamir, o maior desafio para ampliar o processo de inclusão de surdos é “abrir a cabeça” dos profissionais da educação. “É necessário rever conceitos baseados no ensino tradicional, para ouvintes, e o entendimento limitado sobre as capacidades de quem não ouve”, alerta. Segundo ele, se não conta com o ouvido, o surdo pode ser educado a acessar as vibrações sonoras por meio do corpo. “Tudo é experimentação e os educadores precisam perder o medo desse universo aparentemente estranho”, afirma.
Os inscritos nos três cursos como participantes assistirão às aulas das 15h30 às 18h e poderão fazer perguntas aos professores. Já os ouvintes terão acesso à programação gravada, depois de cada evento, pelo site da 38ª Oficina de Música de Curitiba https://oficinademusica.curitiba.pr.gov.br/ .
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