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10.06.2014Obra inédita integra concerto da Orquestra de Câmara de Curitiba
A obra “Que grandes silêncios maiores há no alto…”, do compositor mineiro Harry Crowl, dedicada à Orquestra de Câmara de Curitiba, tem estreia mundial neste fim de semana, no concerto “Música Brasileira e Suíça”, que toma conta da Capela Santa Maria Espaço Cultural. As apresentações acontecem às 20h de sexta-feira (13) e às 18h30 de sábado (14), com a Orquestra de Câmara de Curitiba sob a regência do maestro italiano Alessandro Sangiorgi, que também atua como piano solo.
No repertório ainda constam as composições “Concerto grosso para piano e cordas”, do suíço Ernest Bloch (1880 – 1956), e a “Sonata para cordas em Ré maior – O Burrico de Pau”, do brasileiro Antônio Carlos Gomes (1836 – 1896). A programação, que integra a temporada 2014 da Orquestra de Câmara de Curitiba, patrocinada pelo Ministério da Cultura e pela Volvo, permite ao público acompanhar o ensaio geral do espetáculo, às 10h de quinta-feira (12), na Capela Santa Maria Espaço Cultural, com ingresso gratuito.
“Que grandes silêncios maiores há no alto…” enriquece a extensa produção de Harry Crowl, que desenvolveu um estilo muito pessoal de composição, com peças concebidas como um painel musical, no qual a maior parte das ideias nunca é repetida. Antecedendo as apresentações da Orquestra de Câmara, o compositor comentará a obra que foi criada especialmente para o grupo curitibano.
Nascido em Minas Gerais, em 1958, Harry Crowl é compositor e musicólogo. Radicado em Curitiba, atua como professor da Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap), diretor artístico da Orquestra Filarmônica da Universidade Federal do Paraná e produtor de programas de rádio.
Sua música tem sido executada e transmitida frequentemente no Brasil e em vários países por grupos e orquestras, como o Trio Fibonacci (Canadá), o Ensemble Recherche (Alemanha), Orchestre de Flutes Français e Ensemble 2E2M (França), Moyzes Quartet (Eslováquia), The George Crumb Trio (Áustria), Orquestras de Câmara da Rádio Romena e da Cidade de Curitiba, Orquestras Sinfônicas do Paraná, Minas Gerais e de Campinas (SP).
Entre as obras que compõem o catálogo de Harry Crowl, com mais de uma centena de títulos, destacam-se os concertos para oboé e cordas e para piano e orquestra, e “Sicut erat in principio”, para orquestra sinfônica.
Vigor e lirismo – O repertório da Orquestra de Câmara de Curitiba, nas apresentações deste fim de semana, conta ainda com o “Concerto grosso para piano e cordas”, do suíço Ernest Bloch (1880 – 1956), uma obra vigorosa e impetuosa, que mostra modernidade na harmonia e na sonoridade, sendo clássica ao tratar o piano como uma voz que emerge do grupo orquestral.
O programa completa-se com a “Sonata para cordas em Ré maior – O Burrico de Pau”, peça composta pelo brasileiro Antônio Carlos Gomes (1836 – 1896), pouco antes de sua morte. Ao começar a escrever, Carlos Gomes decidiu que não haveria tristeza nessa obra, mas muito lirismo. Dedicada ao Clube Musical Sant’Anna Gomes, de Campinas (SP), cidade natal do autor, a sonata teve o título inspirado num sonho de Carlos Gomes, no qual o compositor estava montado em um pequeno cavalo de pau que, embora não tivesse asas, cavalgava em direção ao céu. Musicalmente, esse fato aparece no saltitante quarto movimento da sonata.
O regente – “Estamos ansiosos pela realização do concerto”, ressalta o maestro Alessandro Sangiorgi, que analisa a relevância de cada obra. “O trabalho de Harry Crowl é bastante intenso, utilizando todos os recursos de sonoridade. Como o autor conhece muito bem a Orquestra de Câmara de Curitiba, criou movimentos especiais para os instrumentistas revelarem seu virtuosismo.”
Sobre a composição de Carlos Gomes, o regente conta que conheceu a peça ainda na Itália e ficou impressionado com a obra, aguardando uma oportunidade para executá-la. “Finalmente chegou o momento de reger essa obra, que exige muito das cordas”, diz Sangiorgi. O maestro também frisa a importância da composição do suíço Ernest Bloch, da qual possui uma partitura assinada pelo autor: “Bloch faz com que cada instrumento se destaque e depois constitua um conjunto em harmonia. Soa muito bem a união do piano com as cordas.”
Nascido em Ferrara (Itália), Alessandro Sangiorgi é formado pelo Conservatório de Milão e atualmente reside em Curitiba. Iniciou sua carreira internacional em Israel, em 1989, regendo a Jerusalem Symphony Orchestra. Em seguida (1990-1993) foi convidado como Maestro Residente pelo Theatro Municipal de São Paulo.
No Brasil regeu também as orquestras sinfônicas do Estado de São Paulo, a Brasileira, a OSUSP, a da Bahia, a de Campinas, a de Porto Alegre, a da Petrobras e a do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, além da Orquestra Experimental de Repertório (OER/SP). De 2002 a 2010, foi regente titular e diretor artístico da Orquestra Sinfônica do Paraná, tendo sido responsável pela ampliação do repertório sinfônico, por várias estreias mundiais e pelo retorno das montagens de opera. Em dezembro de 2009 foi agraciado pelo presidente da República Italiana com o título de “Cavaliere dell’Ordine della Solidarietà”, concedido pelos méritos artísticos obtidos no Exterior.
Sangiorgi apresenta-se regularmente na Europa, sendo que de 2011 a 2012 conduziu a Ópera Nacional de Sofia (Bulgária), com a qual estreou no Japão, apresentando “Tosca” de Puccini e “Cavalleria Rusticana” de Mascagni em onze cidades, incluindo Tóquio, no famoso Bunka Kaikan Hall. Tem colaborado com importantes artistas internacionais, como Nelson Freire, Eva Marton, Cecilia Gasdia, Francesca Patanè, Julio Bocca, Ana Botafogo, Carla Fracci e Luciana Savignano.
Serviço:
Orquestra de Câmara de Curitiba no concerto “Música Brasileira e Suíça”, sob a regência do maestro italiano Alessandro Sangiorgi, que também atua como piano solo, dentro da temporada 2014 patrocinada pelo Ministério da Cultura e pela Volvo. No repertório, a estreia mundial da obra “Que grandes silêncios maiores há no alto…”, do compositor mineiro Harry Crowl (1958), dedicada à Orquestra de Câmara de Curitiba, ao lado de composições do suíço Ernest Bloch (1880 – 1956) e do brasileiro Antônio Carlos Gomes (1836 – 1896).
Datas e horários:
- dia 12 de junho de 2014 (quinta-feira), às 10h, ensaio geral aberto ao público, com entrada franca;
- dia 13 de junho (sexta-feira), às 19h15, palestra do compositor Harry Crowl, seguida de concerto às 20h;
- dia 14 de junho de 2014 (sábado), às 17h45, palestra do compositor Harry Crowl, seguida de concerto às 18h30.
Local: Capela Santa Maria Espaço Cultural (Rua Conselheiro Laurindo, 273 – Centro).
Ingressos: R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada) para as apresentações de sexta-feira (13) e sábado (14). Pagamento somente em dinheiro.
Autor: Assessoria de Imprensa
Fonte: Fundação Cultural de Curitiba
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