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20.08.2021Na pandemia, pessoas em conflito com a lei trocam serviços comunitários pela leitura
A Fundação Cultural de Curitiba (FCC) e a Secretaria Estadual da Segurança Pública (Sesp) estão concluindo um projeto-piloto on-line para levar literatura a pessoas sentenciadas em regime aberto ou penas alternativas de prestação de serviços comunitários. A iniciativa, que começou por causa da pandemia do novo coronavírus e está terminando nesta sexta-feira (20/8), tende a passar por ajustes técnicos e ser incorporada às ações dos dois órgãos.
Segundo a coordenadora do Complexo Social de Curitiba do Departamento Penitenciário Estadual, Marilu Katia da Costa, a novidade foi bem aceita pelo público-alvo do projeto. Das 30 pessoas contatadas, 11 se interessaram e dez estão participando da roda de leitura. “É um bom número para uma turma, se considerarmos que o encontro é virtual e demanda a interação com os mediadores”, argumenta Costa. “Isso é parte do processo educativo capaz de transformar o ser humano”, completa.
Às sextas-feiras
Durante três sextas-feiras, a partir das 18h, os interessados se reúnem virtualmente de onde estiverem – em casa, no fim da jornada de trabalho e até no ônibus – para se conectar à roda de leitura orientada pelos mediadores Leandro Toporowicz, Francisco Lobo e Thiago Correia, que trabalham com atividades presenciais e on-line a partir de três Casas da Leitura da FCC / Instituto Curitiba de Arte e Cultura.
Juntos, eles leem e comentam sobre O Anjo Rouco, de Paulo Venturelli. Mesmo sendo um título infanto-juvenil, agrada aos participantes por reunir mistério e memórias de vida. “Isso ajuda a cativar o nosso público, que demonstra estar gostando. Da nossa parte, está sendo uma experiência desafiadora – por envolver um público tão eclético – e que esperamos repetir”, diz Toporowicz.
Adesão e continuidade
A adesão é voluntária e, no caso de quem deve cumprir medida alternativa e não está podendo por causa das restrições sanitárias, conta como horas de prestação de serviços comunitários junto ao Patronato Penitenciário. Antes da pandemia, eles se dirigiam a organizações não-governamentais e órgãos públicos para doar horas de trabalho presenciais.
Para gerente de Espaços de Leitura da FCC, Patrícia Wohlke, a iniciativa representa a ampliação da parceria com o Depen. “Começamos nossa atividades em 2013, com rodas de leitura para pessoas privadas de liberdade no Complexo Penal de Piraquara, pelo Programa de Remição da Pena pela Leitura”, conta. Na ocasião, além de rodas de leitura, foram oferecidas oficinas de fanzine. A ideia, segundo ela, é retomar as atividades presenciais assim que possível.
Autor: Assessoria de Imprensa
Fonte: FCC
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