09.01.2014Música de Câmara, teorba e outras bossas

Público aproveita Oficina para curtir boas músicas e fazer cursos

Margarida da Costa, 56, é habituée da Oficina de Música de Curitiba. Desde 2006, quando começou a participar da plateia e de cursos, acompanhou muitas apresentações e conheceu mais a respeito da música. Mesmo assim – talvez, até por isso -, ela vibra a cada apresentação. Na noite de ontem (08), na Capela Santa Maria, acompanhou a apresentação de música de câmara com Fabio Zanon (violão), Bonita Boyd (flauta), Alexandre Razera (viola), Rui Sul Gomes, Nuno Aroso e Marcio Szulak (percussionistas). Margarida, que trabalha como doméstica, assistiu a abertura da Oficina de 2014 e vai a quase todas as apresentações. “Não quero perder nada!”
Na edição do ano passado, participou das oficinas “Palestras Ilustradas”, ministrada pelo pianista Amilton Godoy. Em 2014, está cursando as de piano e teorba, instrumento de cordas criado na Itália no final do século 16. No caso do segundo instrumento, participa como ouvinte: “agora, peguei gosto pela coisa”.

Apresentação - Os músicos apresentaram as peças “Primeira Crônica do Descobrimento”, de Roberto Sierra, “Caprichos” Nº 17, 21 e 24, de Nicolo Paganini, “Homenagem a Haroldo de Campos”, de Harry Crowl, e “Paisages, Retratos y Mujeres”, de Leo Brower. As peças agradaram os alunos da Oficina presentes, entre eles as professoras de violão Daiane Batisti e de piano Soraia Berth. “A oportunidade do contato com professores estrangeiros e a troca com outros alunos é fantástica”, resumiu Daiane. 

O músico Fabio Zanon, o violonista do grupo que se apresentou na Capela Santa Maria, ficou satisfeito com a apresentação. Ele conta que não havia tocado com os outros músicos e que o grupo só fez dois ensaios (as “reuniões breves” de intérpretes são muito comuns na Oficina), mas o resultado agradou. “O público gostou, pois a musica é boa”. Zanon diz que o público curitibano é fiel, atento e disciplinado: “é o melhor público”, brinca. É a terceira vez que participa como professor. Ele reforça a importância de o evento ser, ao mesmo tempo, artístico e pedagógico. “A oficina equilibra isso muito bem. O que importa, acima de tudo, é servir os alunos”. E completa: “é sempre maravilhoso tocar em Curitiba”.

Impressões da Oficina

Henrique de Araujo Rodrigues, consultor de marketing e músico, não conhecia a oficina. Sua opinião: “Lindo, de muita qualidade. A flautista Bonita Boyd é incrível”. Em edições anteriores, ele passava no Colégio Estadual e achava que era coisa de estudante. “Eu não imaginava a qualidade dos espetáculos!”.

É a terceira vez da venezuelana María Estefanía Prieto no Brasil e a primeira na Oficina de Música. “Amo os professores, as aulas são muito boas. Estou aprendendo muito”. Quanto ao espetáculo, ela conta que não conhecia as obras. “Achei muito expressivo e criativo.”

Jean Barcelos é violonista e participa da oficina pela segunda vez. “Os concertos são muito bons”. Ele já conhecia as obras de Harry Crowl, mas, ao vivo, a experiência foi diferente. “Foi impactante!”, resume.

Autor: Assessoria de Imprensa da FCC

Fonte: Fundação Cultural de Curitiba

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