20.05.2020Loira Fantasma desembarca no mundo virtual

Há exatos 45 anos, pela imprensa, chegava ao imaginário popular a lenda da Loira Fantasma. A personagem, que já foi tema de peça de teatro e curta-metragem, a partir desta quarta-feira (20/5) ganha as redes sociais pela página do Facebook Fantasmogênse: em Busca da Loira Fantasma.

O lançamento faz parte da proposta vencedora do segundo edital para Histórias em Quadrinhos (HQ), lançado em 2019 pela Fundação Cultural de Curitiba (FCC) e apoiado pela Lei de Incentivo à Cultura. Aos poucos, os leitores acompanharão o que já foi produzido sobre a loura misteriosa, desde as matérias dos jornais locais de 1975 até a repercussão cultural, anos depois, no teatro, cinema e na literatura.
Projeto cultural

“A ideia da página é fomentar a curiosidade das pessoas sobre essa lenda urbana, que já teria sido vista em outros lugares do Brasil, e criar ambiente para o lançamento da grafic novel da Loira”, conta o desenhista Antônio Éder, um dos autores do projeto e ex-aluno da Gibiteca – o espaço cultural da FCC voltado para desenho, ilustração, cartoon e animação.

O ponto alto da iniciativa será uma graphic novel, elaborada em parceria com o também desenhista André Stahlschmidt. Ela deverá ser publicada até o fim deste ano, se as medidas de prevenção contra a covid-19 não adiarem a data.

A publicação terá 135 páginas de desenhos em preto e branco sobre a loura misteriosa e os personagens que a tornam lembrada mesmo quase cinco décadas depois do seu aparecimento – taxistas que a teriam conduzido, o policial que afirmava tê-la visto e alvejado em um dos táxis e mulheres confundidas com a Loira, além de repórteres que colocaram o caso nas capas dos jornais.

Em 2014, Loira Fantasma ganhou um capítulo no livro Bocas Malditas: Curitiba e suas Histórias de Gelar o Sangue. Nele os leitores também podem conferir detalhes sobre Maria Bueno, O Maníaco da Tesoura, O Mendigo Macabro e O Fantasma do Pilarzinho, entre outros personagens que habitam o imaginário dos curitibanos.
A lenda

Um boato sobre um taxista que comunicou à polícia o caso da passageira desaparecida do carro, no meio do trajeto, teria dado origem à lenda. Apesar de meter medo nas pessoas, a loura não fazia mal a ninguém e o temor que representava se resumia a aparecer e desaparecer sem deixar pistas. Os ataques da loura contra taxistas e os tiros que teria recebido de um policial não foram provados.

Mesmo assim, a história era tida como verdadeira por quem a acompanhava e assustava os moradores da Curitiba de então – uma cidade com menos de 700 mil habitantes e há menos de dois meses de ficar hipnotizada com um fenômeno natural igualmente inesquecível: a neve de 17 de julho daquele ano.

Autor: Assessoria de Imprensa

Fonte: Fundação Cultural de Curitiba

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