Notícias
13.12.2018Fundação Cultural lamenta morte do Maestro Waltel Branco
É com muita tristeza que a Fundação Cultural de Curitiba recebe a notícia da morte do grande mestre Waltel Branco, divulgada hoje (13/12).
“Foi uma honra para a Fundação Cultural acompanhar e poder fazer parte da trajetória deste músico, arranjador, compositor e maestro paranaense. Ele esteve presente na cena cultural curitibana, em shows memoráveis, ministrando masterclass na Oficina de Música, participando de bate-papo no Conservatório de MPB e tantas outras atividades. É com profundo pesar que lamentamos sua morte”, disse Ana Cristina de Castro, presidente da Fundação.
Ícone da música brasileira e reconhecido internacionalmente Waltel Branco era violonista, guitarrista, contrabaixista, cavaquinista, produtor e diretor musical, professor. Foi arranjador de composições como “Azul da Cor do Mar” (Tim Maia), “Bastidores” (Cauby Peixoto), “Faz Parte do meu Show” Cazuza) e ficou consagrado pelo arranjo da trilha sonora do filme A Pantera-cor-de-rosa.
Ele amava, vivia e respirava a música. Em 2017, ao abrir um workshop e bate-papo musical no Conservatório de MPB afirmou que “não existe música boa ou ruim, para se fazer música, precisa estudar muito. O aluno tem que saber o que é música”. Mediado pelo produtor Ricardo Rosinha, no encontro, Waltel falou de sua vida, obra, experiências e carreira para artistas experientes e para os novos músicos presentes na plateia.
Um maestro chamado Waltel
Waltel Branco nasceu em Paranaguá, em 1929. Começou a estudar música aos 12 anos e teve como mestres Bento Mossurunga, Sebastião de Oliveira, Othon Saleiros e Oscar Cáceres (violão), Padre Penalva (canto gregoriano), Jorge Kosha (música clássica), Stanley Wilson (música incidental, em Nova Iorque) e Alceo Bocchino e Mário Tavares (regência), Paulo Silva e Cláudio Santoro (composição). Na Espanha, estudou técnica instrumental com o guitarrista Andrés Segóvia.
Em 1943, um ano antes de ser ordenado padre, deixou o Seminário e seguiu para Cuba, acompanhando a cantora Lia Ray como arranjador, diretor musical e violonista. Em 1950, mudou-se para os Estados Unidos, onde estudou música incidental com o maestro Stanley Wilson e trabalhou com Henry Mancini e Nat King Cole.
No Brasil, tocou ao lado de grandes nomes da MPB como João Gilberto, Dorival Caymmi, Cartola entre outros. Integrou os grupos Djalma Ferreira e Milionários do Ritmo e o Trio Surdina. Na TV Globo, Waltel foi diretor responsável por trilhas sonoras de novelas como “Irmãos Coragem”, “Escalada”, “O Semideus”, “Bravo”, “Moreninha”, “O Feijão e o Sonho”, “A escrava Isaura”, “Supermanoela” e “Vejo a lua no céu”. Para as novelas, compôs trilhas internacionais, sob o pseudônimo de W.Blanc.
Foi condecorado com o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), em 2012.
Autor: Assessoria de Imprensa
Fonte: FCC
imprimir voltar- 09/09/2025 - Festival da Palavra de Curitiba tem espetáculos baseados em obras de Dalton Trevisan e Clarice Lispe
- 09/09/2025 - Festival da Palavra destaca autores curitibanos de diferentes gerações com lançamentos e sarau
- 09/09/2025 - Conheça a Rua da Literatura, corredor cultural inédito do Festival da Palavra de Curitiba
- 09/09/2025 - III Festival da Palavra de Curitiba celebra 50 anos da obra-prima de Paulo Leminski
- 09/09/2025 - Cida Pedrosa e Edimilson de Almeida Pereira: a força da poesia no Festival da Palavra de Curitiba
- 04/09/2025 - Cine Guarani exibe Retrato de um Certo Oriente e recebe Milton Hatoum para bate-papo
- 04/09/2025 - Cinemas da Prefeitura de Curitiba participam do Ghibli Fest com 14 clássicos da animação japonesa
- 04/09/2025 - Festival da Palavra homenageia Helena Kolody com lançamento de obra inédita da autora
- 04/09/2025 - III Festival da Palavra de Curitiba reúne 15 encontros com autores nacionais e locais
- 04/09/2025 - III Festival da Palavra leva maratona literária ao Memorial de Curitiba em setembro