12.08.2010Fotos antigas de Curitiba expostas em shopping

Quem for ao Shopping Paladium poderá conhecer um pouco da Curitiba antiga fotografada por Arthur Wischral e João Baptista Groff, pioneiros da fotografia. A Fundação Cultural de Curitiba fez uma parceria com o Shopping Palladium e as sete lojas que estão temporariamente desocupadas ganharam até outubro tapumes plotados com fotografias do acervo da Casa da Memória.

Desde o final do século XIX, quando se estabeleceram na cidade os primeiros fotógrafos com estúdio, e principalmente a partir do século seguinte, Curitiba passou a ser registrada pelas lentes desses profissionais e de amadores, também seduzidos pelas tecnologias que popularizavam a fotografia pelo mundo. Nessa época, cedo se abraçava uma profissão.

Foi assim que Arthur Wischral, nascido em 1894, adolescente ainda, aprendeu na prática a arte da fotografia, trabalhando num estúdio da Rua Mateus Leme. Logo ele se tornou repórter fotográfico na imprensa local. Durante a Primeira Guerra, depois de breve temporada de aprimoramento na Alemanha, prosseguiu com uma das mais profícuas carreiras de fotógrafo da capital, documentando o cotidiano da cidade, sua urbanização, obras ferroviárias e a terra e o homem do interior e do litoral paranaense e de Santa Catarina.

A fotografia documental, sobretudo, marcou sua vida profissional, e imagens oficiais refletiam seu olhar de repórter fotográfico. Foi assim que retratou as transformações de Curitiba e as obras nas ferrovias da Rede Paraná – Santa Catarina. Sua lente captou um cotidiano de trabalhadores e máquinas desafiando as alturas e a força da natureza, desafio enfrentado pelo próprio fotógrafo na busca da melhor luz e da imagem.

Apenas três anos mais novo que Wischral, João Baptista Groff também aprendeu a fotografar ainda jovem. Nascido em Curitiba, em 1897, Groff desde cedo se encantou com a magia do cinema e com a arte da fotografia. A primeira máquina fotográfica veio na adolescência, presente do padrinho, que o aconselhou a captar todas as imagens possíveis de sua cidade. Fotografias confeccionadas em cartões postais que Groff vendia em sua própria loja de artigos do gênero, aberta ainda na juventude, aos dezenove anos. Não tardou a se profissionalizar. Em pouco tempo trabalhava como repórter fotográfico em jornais curitibanos.O reconhecimento internacional não demorou. Em 1927 chegou a ser premiado no Salão de Fotografia de Paris.

Nessa época, já trabalhava paralelamente em outra área, o cinema. Essa, aliás, foi uma característica marcante de Groff – a de transitar por várias atividades. De personalidade irrequieta e versátil, manifestada em sua extensa produção, foi comerciante, fotógrafo, cineasta, pintor – e editor. Aventurou-se no mundo da imprensa como responsável pela revista Ilustração Paranaense.

Antes de tudo, Wischral e Groff foram colecionadores de flagrantes do cotidiano.

Serviço: 
Exposição de fotos antigas do acervo da Casa da Memória plotadas em tapumes  
Local: Shopping Palladium – piso L3  
Data: até outubro

Autor: Assessoria de Imprensa

Fonte: Fundação Cultural de Curitiba

Compartilhe:

imprimir voltar