22.09.2015Ensaio fotográfico celebra dia do Povo Cigano

Para celebrar o dia do Povo Cigano no Paraná, lideranças ciganas que têm Curitiba como base são homenageadas neste ensaio fotográfico realizado no Jardim Botânico. A data é celebrada no dia 23 de setembro e é a primeira vez que será comemorada.

Os ensaios fotográficos, que estão sendo feitos com diversos grupos considerados minoritários e vulneráveis, vão compor uma exposição no final do ano, em comemoração ao Dia Internacional dos Direitos Humanos, em 10 de dezembro. A iniciativa é da Assessoria de Direitos Humanos e Igualdade Racial do Gabinete do Prefeito e da Fundação Cultural de Curitiba.

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“Pela primeira vez, graças a sensibilidade do prefeito Gustavo Fruet, a Prefeitura de Curitiba está trabalhando em prol de grupos minoritários vulneráveis”, afirma Cláudio Iovanovitchi, que representa o clã cigano dos Roms. “A melhor forma de aniquilar a autoestima de um povo é negar sua cultura”, completou. O gestor da política de direitos humanos, Igo Martini, enfatiza que dar visibilidade aos grupos minoritários é uma das formas de inclusão e de fortalecer as lideranças para a sensibilização sobre o respeito às tradições ciganas. “A beleza e a importância da cultura do povo cigano, contrasta com as graves violações de direitos humanos que este povo sofre.”, disse Martini.

De acordo com Iovanovitchi, o termo cigano é carregado de sentidos míticos falsos. Ele lamenta que tenha se propagado que o cigano rouba, rapta criancinha, entre outras histórias, e que tudo que desejam é serem vistos como qualquer outra pessoa, respeitando-se o hábito e a cultura. “A ignorância gera preconceito, que gera discriminação, que gera exclusão”, compara Iovanovitchi.

Radicados em Curitiba há cerca de 300 ciganos, pertencentes aos clãs Roms e Kalons, segundo Iovanovitchi. “Consideramos que todos são parentes por sermos ciganos. Antes o casamento só acontecia entre os clãs, hoje já se admite o casamento com pessoas de fora”, explica Silvia Valdrigues de Miranda, do clã dos Kalons. Junto com os outros, Silvia participou do ensaio e disse que foi um “momento feliz”. “O cigano é sempre esquecido e nos deixa muito feliz porque é uma oportunidade de mostrarmos nossa cultura.”

Iovanovitchi lembra que os primeiros ciganos, do clã dos Roms, são originários do Norte da Índia, na região do Paquistão, que migraram para o Leste Europeu. Enquanto que o grupo do clã dos Kalons seguiu para a Europa, especialmente para Portugal e Espanha.

Para o presidente da FCC, Marcos Cordiolli, este trabalho denota a preocupação da gestão em desvelar a cultura invisível de Curitiba. "É um imenso desafio este de valorizar a cultura negra, cigana, das mulheres, gêneros diversos, das minorias. São setores que nunca receberam apoio público em Curitiba e hoje podem inclusive participar da elaboração das políticas públicas da cidade através dos fóruns setoriais e dos conselhos representativos", afirma.

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Autor: Assessoria de Imprensa

Fonte: SMCS

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