15.10.2021Em exposição inédita, Zequinha encontra o cacique Tindiquera na Vilinha

 A Fundação Cultural de Curitiba abriu nesta sexta-feira (15/10) a exposição inédita Zequinha na Vilinha – Uma Aventura pela Fundação de Curitiba, que integra a programação da “retomadinha” cultural do mês de outubro. Organizada pela Gibiteca e pelo Núcleo da Fundação Cultural de Curitiba na Regional Boa Vista, a mostra fica até janeiro no Centro Cultural da Vilinha e tem entrada gratuita.

Para a exposição, o artista Nilson Müller, autor do álbum de figurinhas do Zequinha, criou uma série em quadrinhos que conta a história da fundação da cidade, tendo Zequinha de narrador e personagem ao lado de outras figuras históricas, como o Cacique Tindiquera, indígena do povo tingui que indicou o local onde deveria ser criada a cidade de Curitiba.

“É uma alegria muito grande abrir essa exposição que conta a história da fundação de Curitiba de uma forma didática e que certamente irá encantar os curitibinhas. Daqui ela seguirá para todas as demais regionais da cidade", destacou Ana Cristina de Castro, presidente da Fundação Cultural de Curitiba, na abertura da mostra, que contou também com a presença do artista Müller.

As imagens dos quadrinhos foram ampliadas para a exposição e também compõem uma revista que será distribuída aos visitantes.

“Só a arte proporciona mágicas como esse encontro entre o cacique Tindiquera com o Zequinha”, disse Müller.

Além dos quadrinhos inéditos, também estão expostos desenhos originais do artista, com cenas do Zequinha em parques e espaços culturais de Curitiba.

Outra proposta da presidente da FCC foi a de se criar uma série de histórias do Zequinha em cada regional da cidade. “Essa exposição pode evoluir para uma série mais abrangente, com o Zequinha apresentando os aspectos culturais de cada região da cidade”, disse Ana Castro.

Vilinha
O Centro Cultural da Vilinha é administrado pela Fundação Cultural de Curitiba desde 2019. Está localizado no Parque Histórico da Vilinha, no Bairro Alto, às margens do Rio Atuba, onde teria surgido a primeira vila de Curitiba.

História da fundação de Curitiba

Em meados do Século 17, desbravadores portugueses formaram uma expedição em busca de ouro, partindo de Paranaguá até o Primeiro Planalto, e teriam se instalado, inicialmente, na região do Bairro Alto.

Nesse local, ergueram uma capela, conforme a tradição, onde foi colocada a imagem de uma Santa: Nossa Senhora da Luz dos Pinhais. A imagem sempre aparecia olhando na mesma direção. Por mais que ela fosse movida, de repente, ela tornava a olhar sempre para o mesmo lado.

Nessa região habitavam o povo indígena tingui, e seu chefe era o cacique Tindiquera. A convite dos desbravadores, o cacique foi convidado a indicar o local onde deveria ser criada a nova cidade, a pioneira desse Primeiro Planalto.

Tindiquera acabou apontando para o mesmo lugar em que se dirigiam os olhos da Santa. Nessa direção, partiram os desbravadores. E chegaram ao lugar onde hoje existe a Praça Tiradentes. Ali, o cacique bateu uma vara no chão e teria dito “coré etuba”, que significa muito pinhão.

Assim, desde então, o referido local, em frente à Catedral Basílica, é considerado o “marco zero” de Curitiba, onde inclusive se encontra uma escultura de bronze representando o cacique.

Curitiba, oficialmente, foi fundada em 26 de março de 1693, ano em que foi instalado seu pelourinho e criada sua Câmara Municipal.

Serviço: Exposição Zequinha na Vilinha – Uma Aventura pela Fundação de Curitiba
Local: Centro Cultural da Vilinha (Rua Marco Pólo, 1.560 – Bairro Alto)
Data: de 16/10 a 30/01/22
Horário: de terça-feira a domingo, das 9h às 19h
Entrada gratuita

Autor: Comunicação

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