30.09.2013Doações de livros pela comunidade continuam renovando as Tubotecas

A participação da comunidade com doações de livros garante um acervo sempre renovado para as Tubotecas – bibliotecas instaladas nas estações-tubos do transporte coletivo de Curitiba. Com a divulgação do programa, tem crescido o número de doações. Foram quase 10 mil volumes nos meses julho e agosto. Desde abril, quando as tubotecas foram inauguradas, foram contabilizados 16.744 livros doados.

Por trás do acervo renovado que chega às Tubotecas estão iniciativas como a da escritora curitibana Adélia Woellner, que doou 165 exemplares de obras de literatura infantil de sua autoria. Reconhecida nacionalmente pela sua produção literária e poética, Adélia produziu uma coleção com cinco livros que transmitem às crianças mensagens de respeito à natureza e ao ser humano. A coleção é formada pelas obras “No reino das águas azuis”, “No céu e no mar”, “A natureza das coisas”, “A casa de cristal” e “A menina do pastoreio”. Entre as obras doadas estão também "A menina do vestido de fitas", "Vida Livre", "Festa na Cozinha", "A água que mudou de nome" e "A menina que morava no arco-íris", com ilustrações de Heliana Grudzien. 

Adélia Woellner decidiu contribuir com o acervo das Tubotecas porque considera o projeto “excepcional”. “Ele é interessante em dois aspectos. Por um lado, incentiva a leitura – ninguém pode alegar que não tem acesso aos livros. Por outro, mexe com a estrutura ética das pessoas. Tem um lado educativo, ensina ao usuário que ele pode levar o livro, mas tem que devolver, em respeito à propriedade alheia, que, neste caso, não é só de uma pessoa, mas de toda a comunidade”, diz.

A escritora conta que costuma distribuir os livros que adquire ou ganha, mesmo os autografados, porque parte do princípio de que todo escritor quer que o seu livro seja lido. “O livro na prateleira é um livro morto. Passar de mão em mão é a forma de ele respirar e ganhar vida”, afirma. Em todos os exemplares que doa, aos que oferece para escolas e bibliotecas, Adélia deixa a seguinte inscrição: “Todo livro foi feito para ser lido. Por isso, ofereço este exemplar para possibilitar outras leituras”.

Mais doações – Outros 2.560 exemplares foram oferecidos pela professora de história Márcia Graf. Ela encaminhou para as Tubotecas o material que reuniu durante alguns anos como diretora da Sociedade Brasileira de Pesquisa Histórica. O acervo doado é composto por revistas e publicações da sociedade, e constitui uma rica fonte de informações, principalmente sobre a história do Brasil.
“Para minha alegria, o material foi aceito e o destino dele foi muito bom. Nas Tubotecas, temos como popularizar e divulgar o trabalho dos pesquisadores”, afirma Márcia. “Já tenho visto alguns alunos utilizando o material, o que mostra que o programa está surtindo efeito. Só insisto para que devolvam”, diz.

Muitos dos livros de literatura que estão circulando pelas estações-tubo foram doados pelo Hospital Nossa Senhora da Luz. Com uma mudança no modelo de tratamento dos pacientes, a biblioteca do hospital, especializado no atendimento psiquiátrico, está sendo desativada. Ao tomar conhecimento do projeto das Tubotecas, o coordenador administrativo da instituição, Clayton Antonio Babinotti, considerou que os livros poderiam ter um bom destino. O Hospital Nossa Senhora da Luz contribuiu com 968 livros.

Autor: Assessoria de Imprensa da FCC

Fonte: Fundação Cultural de Curitiba

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