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19.01.2010Coro e orquestra com mais de 120 músicos encerram a fase erudita da Oficina
Mais de 120 cantores e instrumentistas sobem ao palco do Canal da Música nesta quarta-feira (20), às 20h30, para o concerto de encerramento da fase erudita da 28ª Oficina de Música de Curitiba. Com regência de Osvaldo Ferreira e Mara Campos, a apresentação finaliza dez dias de intensa preparação e ensaios para a execução de grandes obras do repertório clássico e popular.
O espetáculo começa com a execução pela orquestra da Sinfonia nº 2 de Johannes Brahms. Depois o coro canta, a capella, uma seleção de canções de períodos e estilos bem variados. Cantores e instrumentistas se juntam para apresentar as Danças Polovtsianas – uma versão para concerto de um trecho da ópera “O príncipe Igor”, de Alexander Borodin.
A Sinfonia nº 2 é considerada uma das mais sensíveis de Johannes Brahms, compositor do período romântico, que atingiu, com suas obras sinfônicas, uma fase de maturidade artística, caracterizada por grande equilíbrio e perfeição formal. Segundo Osvaldo Ferreira, a obra foi escolhida pelo seu grau de exigência técnica, condizente com a proposta de aperfeiçoamento dos alunos. Além disso, é a primeira vez que a orquestra da Oficina apresenta uma obra de Brahms.
As Danças Polovtsianas são a essência do estilo de Borodin, compositor nascido em São Petesburgo (1933-1887) que soube associar o estilo folclórico russo à tradição sinfônica européia. Borodin teve uma produção pequena, mas eficiente, incluindo sinfonias, canções e música de câmara. “Trata-se de uma obra alegre, bastante apropriada para a ocasião”, diz o maestro.
A apresentação do coro é, de acordo com a regente Mara Campos, “um cardápio para todos os gostos”. Mara explica que o repertório atende a uma realidade do canto coral brasileiro, que em geral procura músicas de variados estilos, épocas, passando por propostas de vanguarda e investigação. O programa abre com uma peça coral contemporânea inspirada nos antigos motetos sacros, do compositor norte-americano Eric Whitacre. Depois, prossegue como uma canção norte-americana de origem africana do estilo “negro spiritual”. A música latino-americana estará representada pela canção “Alfonsina y el mar”, do argentino Ariel Ramirez e que ficou famosa na voz de Mercedes Sosa. Duas composições brasileiras – uma de Chico Buarque (Flor da Idade) e outra de Gilberto Menezes, de caráter experimental, feita a partir de um poema concretista de Décio Pignatari, completam o programa do coro.
Balanço – Diretor artístico da Oficina de Música, o maestro português Osvaldo Ferreira faz um balanço positivo da primeira fase do festival, destacando o alto nível dos alunos e o empenho dos professores. “Além de atuar nas salas de aula, os músicos se dispuseram a participar de obras sociais, tocando em hospitais e parques, mostrando um envolvimento com a comunidade que é muito interessante”, disse.
O público se fez presente, lotando as apresentações, o que, para Osvaldo Ferreira, justifica por si só o evento. “Curitiba se habituou com o festival e sente que ele é um momento importante para a cidade”, afirmou. O regente observa que a Oficina atrai públicos de outras cidades, que vêm exclusivamente para assistir aos concertos. Da mesma forma, músicos e professores de universidades brasileiras vêm em busca de informações e contatos com os grandes mestres que participam do evento.
O maestro explica que os três últimos dias da fase erudita são dedicados aos alunos. “Nesses concertos eles têm a oportunidade de colocar em prática tudo o que aprenderam nas aulas. Para estar no palco e produzir o espetáculo, eles lutam contra o tempo, mas o mais importante é dar a eles a oportunidade de vivenciar essa experiência, dando o melhor que podem. Deles, nós não exigimos excelência, mas sim dedicação e superação”, disse.
Desde o dia 10, a Oficina de Música de Curitiba, realizada pela Prefeitura e Fundação Cultural de Curitiba, vem movimentando a cidade. Foram até agora mais de 40 concertos. Tiveram destaque as apresentações do grupo norte-americano Fry Street Quartet e os concertos em homenagem aos 200 anos de Chopin. Este ano, a Oficina esteve engajada na causa ambiental e, entre várias ações de defesa da natureza, promoveu, ao som de música clássica, o plantio de árvores num parque da Cidade Industrial. Na quinta-feira (21) tem início a fase de música popular brasileira.
Serviço:
Concerto de encerramento da fase erudita da Oficina de Música – Coro e Orquestra, com regência de Mara Campos e Osvaldo Ferreira.
Local: Canal da Música
Data: 20 de janeiro de 2010 (quarta-feira), às 20h30
Ingressos: R$ 10 ou R$ 5 mais um quilo de alimento não perecível.
Autor: Assessoria de Imprensa
Fonte: Fundação Cultural de Curitiba
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