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31.07.2013Cordiolli participa de debate sobre diretor espanhol Pedro Almodóvar
Um cineasta que sempre desperta interesse por seus filmes, mesmo que último não tenha sido tão bom. Essa frase poderia ser considerada o resumo do debate “Pedro Almodóvar – o diretor”, realizado na última terça-feira (30) na Caixa Cultural de Curitiba. O evento fez parte da programação da mostra “El Deseo – o apaixonante cinema de Pedro Almodóvar”, que se encerra nesta quarta (31), na própria Caixa Cultural, e teve a participação dos curadores da mostra, Sílvia Oroz e Breno Gomes, com mediação do presidente da Fundação Cultural Curitiba, Marcos Cordiolli.
“Almodóvar costuma incomodar muito com a radicalidade de seus enredos e personagens”, disse Cordiolli, apresentando o debate e lançando para a plateia de cerca de 80 pessoas a sua visão sobre o diretor espanhol.
Com isso, o presidente da FCC abriu espaço para os curadores expressarem suas opiniões. Silvia Oroz, especialista nas obras do diretor espanhol, construiu um longo raciocínio, englobando o que considera as três fases principais da carreira de Almodóvar. Começou falando da fase do desbunde, quando o espanhol desenvolvia seus personagens e histórias com melodramas e muito humor, tendo como destaque o filme Pepi, Luci, Bom e Outras Garotas de Montão. Depois veio a fase em que ficou mais evidente o inconformismo, em que as leis são quebradas, com filmes como Ata-me. “Aqui ele já sabe filmar bem e começa a desenvolver uma estética apurada”, diz Silvia. Para ela, a última fase, que chama de academicista, é a que menos gosta. “Nesse período, ele começou a correr para o Oscar e a estética dos seus filmes ficou feia”, apontou.
O jornalista Breno Gomes abriu sua participação lembrando como se envolveu com as obras de Almodóvar. “O primeiro filme que vi foi De Salto Alto e gostei do melodrama. Foi o chamariz para conhecer mais a fundo o diretor e seus filmes”, conta.
Para Breno, o filme mais completo de Almodóvar é Tudo Sobre Minha Mãe, por trazer elementos como melodrama, arte, técnica e riqueza dos personagens. Seguindo o raciocínio da curadora Silva Oroz, Breno citou que, com A Pele que Habito, Pedro Almodóvar iniciou o que seria a quarta fase de sua carreira. “Não consigo dar um nome para essa fase, mas é um filme que mistura terror com suspense e que tenta resgatar o humor, mas diferente do praticado em Mulheres À Beira de Um Ataque de Nervos, por exemplo.”
Em seguida, Marcos Cordiolli abriu espaço para perguntas, e uma das que mais chamou a atenção foi sobre a fixação de Almodóvar com os personagens femininos. Breno respondeu que em praticamente todos os filmes Almodóvar tem personagens femininos fortes. “É uma característica dele, que torna seus filmes ainda mais interessantes”, disse citando atrizes como Penélope Cruz, Carmen Maura, Marisa Paredes, Cecilia Roth, Chus Lampreave, Rossy de Palma e Victoria Abril.
Autor: Assessoria de imprensa da FCC
Fonte: RT Press Comunicação
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