22.01.2021Composições inéditas são apresentadas em concerto de encerramento da fase erudita

A fase erudita da 38ª Oficina de Música de Curitiba – Edição Virtual encerra neste sábado (23/1), às 20h30, com a transmissão ao vivo de um concerto da Orquestra de Câmara da Cidade de Curitiba. Do palco da Capela Santa Maria, a orquestra curitibana apresentará um repertório inédito, fazendo um contraponto da obra “Quatro Estações Portenhas”, de Astor Piazzolla (esta já conhecida), com as “Quatro Estações Brasileiras”, composição feita exclusivamente para este concerto por quatro compositores brasileiros: Alexandre Guerra, Léa Freire, Silvia Góes e Felipe Senna.

No programa, serão executadas de maneira intercalada as estações portenhas e as brasileiras, começando por “Outono Porteño”, de Piazzola, e “Outono Brasileiro”, de Alexandre Guerra. Na sequência, “Invierno Porteño” e “Inverno Brasileiro” (Léa Freire), “Primavera Porteña” e “Primavera Brasileira” (Silvia Góes), terminando com “Verão Porteño” e “Verão Brasileiro” (Felipe Senna).

“Vamos homenagear Piazzolla, mas também mostrando a criação contemporânea brasileira, contemporânea no sentido do que está sendo produzindo agora, dentro de uma linguagem bastante lúdica e universal”, destaca o maestro Abel Rocha, regente da orquestra e coordenador de música erudita da Oficina.

Inspiração

Piazzolla compôs as Estações Portenhas inspirado nas Quatro Estações de Vivaldi, que foram uma série de concertos para violino e orquestra de cordas, escritas no século 18 pelo compositor italiano. O compositor argentino escreveu as suas originalmente para violino, guitarra elétrica, piano, baixo e bandoneón, colocando a influência do tango na música de concerto, assim como o fez em todas as suas criações.

“A Oficina resolveu propor esse repertório de uma maneira inovadora. Em vez de tocar Piazzolla com Vivaldi, vamos tocar Piazzolla com compositores brasileiros. Convidamos quatro excelentes compositores do universo da nossa música instrumental. Léa Freire é flautista com forte atuação na música experimental; Silvia Góes é um dos maiores nomes da música instrumental paulista; Alexandre Guerra tem importantes trabalhos na área de trilha para cinema, minisséries e programas de televisão; e Felipe Senna é um destacado compositor de música de câmara, música sinfônica e arranjador”, descreve o regente.

O solista é o violinista brasileiro-argentino Alejandro Aldana. É filho de pais argentinos, nascido em João Pessoa, na Paraíba. Sua vida se divide entre Argentina e Brasil. No país vizinho tocou em orquestras de tango. No Brasil, foi spalla da Orquestra Sinfônica Brasileira e atualmente é spalla da Orquestra do Teatro Municipal de São Paulo.

Sobre a mistura de gêneros e qualidades artísticas presente nesse repertório, Abel Rocha explica que essa é uma tendência da música hoje em dia. “Até separamos o erudito e o popular para facilitar um pouco o entendimento do que vamos fazer. Mas hoje a prática musical engloba tudo isso de uma maneira muito presente”, diz o maestro.

Serviço:
38ª Oficina de Música de Curitiba – Edição Virtual
Orquestra de Câmara da Cidade de Curitiba
Quatro Estações Portenhas, de Astor Piazzolla, e Quatro Estações Brasileiras. De Alexandre Guerra, Léa Freire, Silvia Góes e Felipe Senna.
Sábado, 23 de janeiro, às 20h30
Transmissão ao vivo da Capela Santa Maria
Transmissão pelo site do evento: www.oficinademusica.org.br/aovivo
 

Autor: Assessoria de Imprensa

Fonte: Fundação Cultural de Curitiba

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