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23.03.2010Casa Romário Martins é reaberta com exposição e lançamento de boletim
Nesta sexta-feira (26), às 19h, a população recebe mais um presente em comemoração ao 317º aniversário de Curitiba, com a reabertura da Casa Romário Martins. Depois de passar por obras de restauração, o último exemplar da arquitetura colonial portuguesa volta a ser um espaço de exposições relacionadas à memória histórica da cidade. Na ocasião, acontece o lançamento do boletim “Factos da actualidade: Charges e caricaturas em Curitiba, 1900 – 1950”, escrito pelas pesquisadoras Aparecida Vaz da Silva Bahls e Mariane Cristina Buso, que também batiza a mostra em cartaz no local.
O restauro da Casa Romário Martins, unidade mantida pela Fundação Cultural de Curitiba, integra a iniciativa da Prefeitura Municipal em preservar o patrimônio histórico da cidade. O trabalho, que consumiu um ano de atividades e teve um custo de R$ 383 mil, com verba oriunda do Fundo Municipal da Cultura, reaproveitou ao máximo os materiais originais. A reposição e a complementação dos elementos deteriorados foram criteriosas, sem esquecer as adequações modernizadoras necessárias à inclusão do imóvel nos critérios de acessibilidade, segurança e conforto atuais.
Na extensa lista de procedimentos, destaca-se o cuidado dispensado ao telhado, com substituição das telhas de barro tipo capa, após limpeza e seleção, além da revisão dos caibros e colocação de manta de isolamento sob as ripas. Na parte de alvenaria, foram tratadas trincas e fissuras nos revestimentos internos e externos, sendo que o assoalho de madeira teve as frestas calafetadas e recebeu tratamento contra insetos. As peças danificadas foram substituídas por novas, com os mesmos padrões de cor, tamanho e encaixes originais.
Também foram revisados os sistemas elétrico, telefônico e lógico, que são embutidos no piso. As paredes internas e externas tiveram pintura de cal branca, sendo que as esquadrias e a escada de madeira ganharam pintura em tinta esmalte sintético, depois de passarem por processo de recuperação.
Com 321,19 m² de área divida em dois pavimentos, térreo e sótão, a Casa Romário Martins teve o projeto de restauração a cargo da Albatroz Arquitetura, Construção e Restauro. Responderam pelo trabalho os arquitetos Claudio Forte Maiolino e Dirceu Contti, mais a especialista em restauro de obras de arte, Nancy Valente. A execução do projeto foi da ArquiBrasil Arquitetura e Restauração, sob a coordenação dos arquitetos Roberto Martins e Jussara Valentin.
História – Localizada no Largo Coronel Enéas, número 30, no Setor Histórico da cidade, a Casa Romário Martins é o último exemplar de arquitetura colonial portuguesa existente em Curitiba. A edificação guarda as características das casas curitibanas do início do século XIX, que apresentavam, em geral, um único pavimento, sendo muitas delas construídas à base de pedra.
A casa já foi utilizada como moradia até o início do século passado, quando passou a abrigar o armazém de secos e molhados de propriedade de Guilherme Etzel e, a partir de 1930, o armazém do Roque. Manteve atividades comerciais até sua desapropriação, em 1970, pela Prefeitura Municipal de Curitiba. Restaurada conforme projeto do arquiteto Cyro Ilídio Corrêa d´Oliveira Lyra, a Casa Romário Martins foi tombada pelo Estado em 1971 e incorporada ao patrimônio histórico curitibano.
A denominação Romário Martins foi uma homenagem ao historiador paranaense, nascido em Curitiba em 1874, e que jamais residiu no imóvel. A Casa Romário Martins abrigou, provisoriamente, o Arquivo Histórico Municipal, que na época estava em fase de organização. Com a ampliação de suas atividades e a necessidade de um espaço mais adequado, o arquivo foi transferido, em 1981, para a recém-criada Casa da Memória. Dessa forma, a Casa Romário Martins tornou-se um espaço de importantes exposições para o resgate das memórias mais significativas da cidade de Curitiba.
Serviço:
Comemoração ao 317º aniversário de Curitiba
Reabertura da Casa Romário Martins com lançamento do boletim “Factos da actualidade: Charges e caricaturas em Curitiba, 1900 – 1950”
Local: Largo da Ordem, 30
Data e horário: sexta-feira (26), às 19h
O horário de funcionamento da Casa Romário Martins para visitação da exposição: 3ª a 6ª, das 9h às 12h e das 13h às 18h. Sábados domingos e feriados, das 9h às 14h
Autor: Assessoria de Imprensa
Fonte: Fundação Cultural de Curitiba
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