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29.06.2013Casa da Leitura Manoel Carlos Karam reabre as portas no Barigui
A Casa da Leitura Manoel Carlos Karam, unidade da Fundação Cultural de Curitiba localizada no Parque Barigui, reabriu suas portas nesta quinta-feira (27), depois de reforma patrocinada pela Companhia de Cimento Itambé, por meio de Edital de Chamamento Público para Patrocínio.
O espaço – o primeiro do gênero, em Curitiba, inaugurado em 2006, quando contou igualmente com o apoio da Companhia de Cimento Itambé – recebeu em 2008 a atual denominação e abriga a maior parte do acervo bibliográfico de 3 mil volumes, doado à FCC pela família do escritor e jornalista Manoel Carlos Karam, falecido em 2007.
O presidente da FCC, Marcos Cordiolli, ressaltou a importância da parceria: “Ações como essa são importantes, com a sociedade ajudando a preservar o patrimônio público”, afirmou. Segundo ele, a leitura vem sendo um dos carros-chefe da política cultural da Fundação. “As milhares de rodas de leitura em diferentes locais e as Tubotecas mostram que, para que as pessoas comecem a ler, basta que se apresente um livro e se dê um estímulo”.
Segundo a coordenadora de Comunicação Corporativa e Responsabilidade Social da Itambé, Cecília Hara, a ação faz parte de um programa de participação social da companhia, que busca contribuir em projetos de educação e saúde, principalmente. “Queremos ajudar a desenvolver as pessoas, exercendo nosso papel de cidadania”, afirmou.
O filho de Manoel Carlos Karam, Bruno Karam, que compareceu à reabertura da casa, lembrou que seu pai sempre emprestava seus livros. Só pedia para quem levasse que cuidasse bem, para que ele pudesse emprestá-lo a outras pessoas. “E agora esse acervo está todo de volta aqui, aberto a todos”, comemorou.
A solenidade teve a leitura de uma das obras de Karam, feita pela atriz Nadja Naira a um grupo de cerca de 40 pessoas. Antes de seu pronunciamento, Cordiolli pediu um minuto de silêncio pela morte da jornalista Teresa Urban.
Investimento
A recuperação do endereço, que esteve fechado por 80 dias e consumiu dois meses de trabalho, teve um investimento total de R$ 50 mil, sendo R$ 40 mil provenientes da Companhia Itambé e R$ 10 mil decorrentes de investimentos da própria Fundação Cultural de Curitiba.
Entre as principais benfeitorias realizadas no espaço estão a reforma, impermeabilização e pintura das paredes internas, pintura das fachadas, muros e cercas, revisão das instalações hidrossanitárias, troca das calhas recuperação estrutural e impermeabilização das marquises, manutenção das grades, revisão elétrica, troca de portas, revisão do telhado e jardinagem.
Cultura e lazer
Atualmente, a Casa da Leitura Manoel Carlos Karam conta com aproximadamente 4,5 mil volumes para empréstimo, além de fornecer cadeiras e espreguiçadeiras para quem deseja emprestar um livro para ler no parque. A Casa integra a rede de 16 bibliotecas mantidas pela Fundação Cultural de Curitiba, que investe em ações como o programa Curitiba Lê para deixar o livro mais próximo do leitor, englobando a Estação da Leitura no Terminal do Pinheirinho, o Bondinho da Leitura (Rua das Flores) e as Tubotecas (bibliotecas instaladas nas estações-tubo), espaços que abrem novos horizontes para a formação das pessoas por meio da literatura. O objetivo é derrubar as barreiras que, no Brasil, deixam índices muito baixos de leitura.
Outras atividades de incentivo ao hábito de ler estão presentes nas Casas da Leitura, entre elas as oficinas literárias, as rodas de leitura, as sessões de contação de histórias e os ciclos de leitura, que mostram os livros como fonte de lazer e reflexão. A ideia é preparar agentes multiplicadores, como os professores da rede municipal de ensino, contadores de histórias, arte-educadores e voluntários, além de ações com estudantes e a comunidade.
O homenageado
Manoel Carlos Karam (1947 – 2007) era catarinense, mas vivia desde a sua juventude em Curitiba. Cursou jornalismo na Universidade Católica do Paraná, publicou sete romances e escreveu 20 peças teatrais. Em 1995, com a obra Cebola, ganhou o prêmio Cruz e Souza de Literatura. Como jornalista, trabalhou em televisão, jornais e na Prefeitura de Curitiba. Também atuou em campanhas políticas.
Seu primeiro livro publicado foi Fontes Murmurantes (1985). Depois vieram O impostor no baile de máscaras (1992), Cebola (1997), Comendo bolacha maria no dia de são nunca (1999), Pescoço ladeado por parafusos (2001), Encrenca (2002), Sujeito oculto (2004) e Jornal da guerra contra os taedos (2008).
Autor: Assessoria de Imprensa
Fonte: Fundação Cultural de Curitiba
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