04.08.2010Bolsistas da Casa Hoffmann recebem orientação de coreógrafos

Entre as oportunidades que a Casa Hoffmann – Centro de Estudos do Movimento oferece aos bolsistas participantes dos programas de dança estão encontros com coreógrafos e bailarinos consagrados, com quem trocam ideias e assimilam experiências que podem contribuir para as suas pesquisas. Nesta semana, os alunos da Casa tiveram um encontro com o coreógrafo Luiz Fernando Bongiovanni, diretor assistente do Balé da Cidade de São Paulo.

Foi o segundo dos quatro encontros com o coreógrafo previstos até o final do ano. A troca de informações com profissionais experientes faz parte dos programas da área de dança, desenvolvidos pela Fundação Cultural de Curitiba por meio de editais do Fundo Municipal da Cultura. Além de um trabalho específico de treinamento, Luiz Fernando Bongiovanni auxiliou os bolsistas com informações, referências e bibliografias.

Desta vez, Bongiovanni também orientou o workshop “O corpo que escreve”, apresentando uma técnica de improvisação que utiliza a forma e a imagem da escrita como inspiração para os movimentos. “Assim como o movimento da mão desenha sobre a superfície, é possível que outras partes do corpo escrevam no solo e no espaço”, explica. Segundo Bongiovanni, todas as variáveis que envolvem a escrita são ideias catalisadoras de movimentos e formam “frases coreográficas”.

A técnica é inspirada nos ensinamentos do coreógrafo norte-americano William Forsythe, com quem Bongiovanni teve oportunidade de trabalhar no período em que residiu no exterior. Antes de ingressar no Balé da Cidade de São Paulo, o coreógrafo atuou no balé da Ópera de Zurique (Suíça), no Scapino Ballet de Rotterdam (Holanda) e no Balé da Ópera de Gothenburg (Suécia). “Para dar origem a uma sequência coreográfica, ensinamos os alunos a propor tarefas e a encontrar caminhos possíveis para resolvê-las”, diz.

Ao comentar os trabalhos da Casa Hoffmann, Bongiovanni destacou o incentivo dado aos jovens artistas. “É muito difícil estabelecer-se como artista solo na área de dança. Estar ao abrigo de uma instituição é muito importante.” O coreógrafo, que já fez outros trabalhos em Curitiba (“Romeu e Julieta” e “Caixa de Cores”, para o Balé Teatro Guaíra), considera a Casa Hoffmann um dos pontos de apoio para o desenvolvimento de uma cena alternativa na área de dança.

Autor: Assessoria de Imprensa

Fonte: Fundação Cultural de Curitiba

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