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31.05.2011Arquitetura dos paços e palácios de Curitiba registra cem anos da história oficial
As edificações que abrigaram as sedes dos poderes executivo e legislativo do município de Curitiba no último século foram tema de pesquisa da arquiteta Elizabeth Amorim de Castro, que lança nesta quarta-feira (1º de junho) o livro e CD-Rom “Edifícios Públicos de Curitiba. Ecletismo e Modernismo na Arquitetura Oficial”. O lançamento será no Museu Paranaense (R. Dr. Kellers, 289), às 14h30, junto com a abertura de uma exposição sobre o mesmo tema.
Realizada por meio do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura da Prefeitura de Curitiba, a pesquisa abrange um período de mais de cem anos e contempla dois estilos arquitetônicos, o eclético e o modernista. A análise revela que, apesar de apresentarem linguagens formais diferentes, os edifícios mantêm um caráter semelhante, comprometido com conceitos como racionalidade, ordem, economia, utilidade, adequação e modernidade, materializando na arquitetura a ação e o poder do Estado.
O estudo inicia com o Paço da Assembleia, (edifício já demolido localizado no terreno da atual Biblioteca Pública do Paraná), construído em 1854, e encerra com a sede do Departamento Estadual de Estradas e Rodagem, de 1958. Há ainda um aspecto interessante neste conjunto: o Centro Cívico de Curitiba, que apresenta o conceito de agrupamento de instituições públicas, é anterior ao projeto de Brasília.
Em 24 de janeiro de 1916, último dia seu mandato, o então prefeito Cândido de Abreu entregou à população curitibana o Paço Municipal, destinado às atividades da Câmara e da Prefeitura. Muitas décadas depois, os poderes executivo e legislativo do município ocuparam separadamente outros imóveis. O Palácio Vinte e Nove de Março, atual sede da Prefeitura só foi inaugurado em 1969.
Outra edificação pesquisada por Elizabeth é a própria sede do Museu Paranaense – o Palácio São Francisco, projetado e construído em 1928 para abrigar a família de Julio Garmatter. Dez anos depois da construção, as conversações do interventor Manuel Ribas com o amigo pecuarista e empresário resultaram na venda da mansão para ser transformada em Palácio do Governo. Fazem parte da pesquisa a descrição e o relato de um total de 13 edificações.
Elizabeth lembra um trecho do jornalista e escritor Arthur Dias, que em 1904, em seu livro “O Brasil Actual”, cita o Paraná como modelo de sobriedade na sua arquitetura.“Uma característica de instalação oficial no Paraná é que seus edifícios não são censuráveis, nem representam exageros de dispêndios, ao mesmo tempo em que não há mesquinhez ou perda da compostura oficial, estando em acordo com a importância e os recursos públicos”.
A autora - Arquiteta e urbanista, formada em 1986 na Universidade Federal do Paraná, Elizabeth Amorim de Castro é mestre em Geografia (2005) e doutora em História (2010) também pela UFPR. Seguindo a mesma linha de estudo de edifícios públicos e representativos da cidade, a autora tem outras obras publicadas de igual relevância. Suas pesquisas anteriores referem-se a grupos escolares de Curitiba na primeira metade do século XX, arquitetura de isolamento na República Velha (hospícios, penitenciárias, asilos, orfanatos, e hospitais), conventos, seminários e educandários.
Serviço:
Edifícios Públicos de Curitiba – Ecletismo e Modernismo na Arquitetura Oficial – Lançamento de exposição, livro e CD ROM.
Abertura: Dia 1º de junho, às 14h30. Até dia 30 de junho
Encontro com a autora: dia 8 de junho às 17h30
Museu Paranaense – Rua Dr. Kellers, 289 – Alto São Francisco
Autor: Assessoria de Imprensa
Fonte: Eizabeth Amorim de Castro
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