13.01.2014Aluno da Oficina de Música conquista prêmios internacionais

A Oficina de Música de Curitiba, patrimônio cultural da cidade, continua a revelar talentos, consolidando o evento que neste mês de janeiro realiza sua 32ª edição ininterrupta. Um dos novos prodígios nascidos nesse berço musical é o jovem Otoniel Cristiano dos Santos, que executa o pouco conhecido eufônio, instrumento de sopro da família dos metais, cujo nome deriva da palavra Euphonium, que significa “som bonito”.

Otoniel representa muito bem o espírito da Oficina, que é o de proporcionar formação e aperfeiçoamento musical. O músico participa da Oficina de Música desde 2010, no curso de tuba, por não ter uma classe voltada exclusivamente ao eufônio. “Em 2014, estou dividindo o tempo entre os cursos de trombone e tuba, mas gostaria muito de ter, nos próximos anos, um professor de eufônio”, reivindica Otoniel.

Curitibano nascido em 5 de maio de 1995, o instrumentista mora no Bairro Sítio Cercado e seu encantamento com a música despertou aos oito anos de idade, frequentando a igreja e, na sequência, estudando com Fernando Deddos, na Banda Marcial de São José dos Pinhais.

O timbre suave e a versatilidade do eufônio atraíram de imediato o jovem músico, que teve o incentivo dos pais para prosseguir seus estudos. Atualmente, Otoniel cursa Licenciatura em Música, na Escola de Música e Belas Artes do Paraná – Embap e estuda com Silvio Spolaore, trombonista de renome internacional.

A técnica e a emoção que Otoniel revela ao executar o eufônio já renderam importantes premiações. Em 2011, venceu o concurso de alunos da Oficina de Música de Curitiba. No ano seguinte, foi o segundo colocado na categoria Jovens Solistas de Eufônio, na Conferência Internacional de Tubas e Eufônio, na cidade de Linz (Áustria), além de fazer a pré-estreia, também na categoria Solista, na TV Cultura de São Paulo. Em 2013, venceu um concurso em São Paulo para ter aulas na Juilliard School, em Nova Iorque (EUA), famosa escola de música e artes cênicas, onde realizou um curso de eufônio com o professor Jason Ham.

Entre os cursos de aperfeiçoamento constam o Trombonanza (Santa Fé/Argentina – 2011), Festival de Música de Pelotas (RS – 2011 e 2012), Festival de Música da Cidade de Londrina (2011) e Conferencia Regional Sul-Brasileira de Tubas e Eufônios (Florianópolis/SC – 2010 e Ponta Grossa/PR – 2012).

Otoniel, que tem entre suas composições favoritas a Sinfonia Número 2 do austríaco Gustav Mahler – conhecida como Sinfonia da Ressurreição por fazer referências ao Cristianismo – e Os Planetas, peça mais conhecida do compositor inglês Gustav Holst, vive a música o dia inteiro. “Fora o tempo que fico na Embap, estudo em casa mais quatro horas. Também trabalho na Prefeitura de São José dos Pinhais, ministrando aulas de música e eufônio”, conta o instrumentista.
“É com grande satisfação que vemos os bons frutos gerados pela Oficina de Música de Curitiba”, ressalta a flautista e oboísta Janete Andrade, diretora artística do evento. “O programa pedagógico, de total imersão musical, tem proporcionado, ao longo dos anos, a preparação de várias gerações de músicos, que dão continuidade aos trabalhos musicais no Brasil e no exterior, atuando em instituições musicais mundialmente reconhecidas”, enfatiza Janete, que também é ex-aluna das primeiras edições da Oficina.

Em breve, Otoniel estará entre os nomes que passaram pela Oficina de Música e ganharam notoriedade, como Alexandre Klein, que já ocupou o cargo de primeiro oboísta da Chicago Symphony Orchestra e atualmente responde pela direção artística do Festival de Música de Jaraguá; Cristiano Alves e Carlos Prazeres, respectivamente primeiro clarinete e primeiro oboísta da Petrobras Sinfônica; Carlos Moreno, que comandou a Orquestra Sinfônica da USP e hoje rege a Orquestra Sinfônica de Santo André; e Nelson Kunze, editor da Revista Concerto. Outro exemplo é o violinista curitibano Rodolfo Richter. Aluno das primeiras Oficinas, Richter partiu para uma carreira internacional e vive há 16 anos em Londres, onde é professor do conceituado Royal College of Music. O violinista responde, também, pela direção artística do Núcleo de Música Antiga da Oficina de Música de Curitiba.

Autor: Assessoria de Imprensa

Fonte: Fundação Cultural de Curitiba

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