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29.04.2019Curitibanos e visitantes querem aprender pratos diferentes

Vinte e três pessoas participaram da primeira aula do Programa Gastronomia Étnica, neste sábado (27/4), na cozinha experimental do Mercado Municipal, e voltaram para casa aptas a preparar o acarajé – o quitute da culinária baiana considerado patrimônio imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Especialidade das culinárias africana e afro-brasileira, o acarajé é um bolinho de massa de feijão-fradinho, cebola e sal, frito em azeite de dendê e recheado com diversos tipos de acompanhamentos como o caruru, feito com quiabo.

A iniciativa é uma parceria da Fundação Cultural de Curitiba com a Secretaria Municipal do Abastecimento e a Associação dos Comerciantes Estabelecidos no Mercado Municipal (Ascesme) para divulgar as culturas representadas em Curitiba a partir dos pratos que se destacam na culinária de cada uma.

Valorizando a diversidade

"A gastronomia é um traço muito forte de todas as culturas, merecendo ser conhecido e valorizado", diz o coordenador da ação, Carlos Hauer Amazonas de Almeida, que convidou Márcia Santos para ensinar o preparo aos interessados.

Como os instrutores das próximas aulas, que acontecerão sempre na manhã do último sábado de cada mês, Márcia não é chef de cozinha mas sabe fazer muito bem o prato que se propôs ensinar a executar. "É uma habilidade que todos eles aprenderam com antepassados ou amigos que dominam muito bem uma determinada receita", explica Almeida.

Comida, conhecimento e cultura

Entre os participantes estiveram a chef de cozinha Érica Vargas e Sousa, que domina os segredos da culinária baiana e fez questão de acompanhar a aula, o administrador de empresas e apaixonado por cozinha Márcio Lepca, que estuda Gastronomia, e a dona-de-casa Neide Brusamolin, que nunca tinha feito um curso na área. "Ouvi na rádio e resolvi ousar. É bom sair um pouco do churrasco que, quando a gente não faz em casa, compra na igreja", disse Neide.

Crianças acompanhadas dos pais também se fizeram presentes. Foi o caso do pequeno confeiteiro Heitor Augusto Ribeiro, de 12 anos, ávido por aprender pratos diferentes. Ele mora em Rio do Sul, em Santa Catarina, com a família e veio acompanhando a mãe, que estuda em Curitiba aos sábados. Para passar o dia, o pai do menino, o analista de sistemas e também apaixonado por gastronomia Dercilei Ribeiro, fez a inscrição dos dois na aula de acarajé. "É bem legal pra conhecer coisas diferentes, disse Heitor. Ele também ficou encantado com o Mercado, que não conhecia.

Antes de começar a aula, liderados pela instrutora, os participantes acompanharam todo o processo de compra e escolha dos ingredientes nas bancas do Mercado. Nessa incursão, aproveitaram para conhecer o comerciante mais antigo do local, Osvaldo Cardoso Vieira, retratado no painel do artista Poty Lazzarotto instalado próximo na entrada da área das bancas. No caminho para as compras, os alunos pararam para conhecer e apreciar a obra de arte. Vieram da banca do Seu Osvaldo, como o comerciante é conhecido, o feijão fradinho e o azeite de dendê usados para preparar o acarajé.

A próxima aula do Programa Gastronomia Étnica acontecerá no último sábado de maio (25/5), a partir das 8h30, é será sobre culinária indiana. A inscrição custa R$ 30.

Serviço:

Informações e inscrições: (41) 3264-6020, das 8h às 12h e das 13h às 17h, ou pelo sympla.com.br/gastronomia-etnica-no-mercado-municipal---culinaria-baiana__502848

 

Autor: Assessoria de comunicação

Fonte: Fundação Cultural de Curitiba

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