27.12.2017Pavilhão Étnico celebra intensa programação em 2017

Criado para gerir a diversidade cultural das etnias de Curitiba, o Pavilhão Étnico, lançado em 7 de maio de 2017, revelou-se como uma iniciativa de sucesso. Com sete meses de existência, o programa já acumula 40 apresentações, com a participação de 60 grupos folclóricos e um público de 25.201 pessoas.

A programação, apresentada no palco da Praça do Iguaçu, deu um novo fôlego ao Memorial de Curitiba. O tradicional endereço do Centro Histórico passou a ser símbolo da identidade de todas as culturas étnicas nas suas mais variadas expressões, como a culinária, arte, música, dança e história.

“O principal fato foi existir um espaço para acolher todos os povos. Muitas vezes ouvi pessoas dizendo que o Memorial agora tem vida. São muitas culturas que estão sendo mostradas e valorizadas. O principal do Pavilhão, além da pesquisa, é o acolhimento destas culturas”, pontua Carlos Hauer, coordenador de Etnias da Fundação Cultural de Curitiba.

Dentre a imensa diversidade cultural que subiu ao palco do Memorial em 2017, Hauer destaca a participação dos indígenas de Curitiba. Ele relata que ficou comovido com o agradecimento que recebeu de uma das representantes do povo Xetá, etnia que quase foi dizimada no interior do Paraná. “Os indígenas se sentiram muito felizes em participar do Pavilhão. A senhora Belarmina, da Aldeia Kakané Porã, me abraçou e agradeceu emocionada falando da felicidade em ter sido convidada e ter tido a chance de falar da história do seu povo”. De acordo com o coordenador, foi a primeira vez que os indígenas tiveram um convite para falar em público e ter sua história vista e ouvida.

Para a presidente da Associação Inter-étnica do Paraná (AINTEPAR), Blanca Hernando Barco, o programa abriu espaço para os grupos étnicos. “As etnias estiveram presentes constantemente ao longo do ano. Com dois grupos por domingo, as culturas se integraram. Foi uma experiência muito boa aprovada pelos grupos folclóricos. Estamos muito felizes com essa programação”.

Blanca ressalta que essas ações são reflexos do olhar do prefeito para a cultura. “A valorização pelo poder público foi muito estimulante. Nós sabíamos que a gestão Greca seria voltada para a valorização étnica. O Pavilhão fez um resgate cultural e isso foi muito importante para a cidade, que estava esquecida. O programa deu nova vida aos grupos folclóricos”, comenta a presidente da Aintepar.

Ações
Ao longo do ano o Pavilhão realizou mais que apresentações. Sediou as exposições de mini presépios, da Agência Francesa de Desenvolvimento e a “Ícones de uma História, que retratou os romenos. Também recebeu duas oficinas: uma de artesanato de natal e outra de pintura alemã em porcelana. E ainda promoveu, por duas noites, a antiga tradição dos povos germânicos, a Lanternenfest, ou festa das lanternas, que é uma homenagem a Sankt Martin (São Martinho). A cultura argentina ganhou destaque com o I Congresso de Tango de Curitiba, realizado em novembro. No mês seguinte realizou o Encontro de Corais Étnicos na Capela Santa Maria.

Novidades
Para o próximo ano, Carlos Hauer destaca as novidades que o Pavilhão receberá, inclusive por meio de incentivo. “Além das apresentações, haverá um edital que auxiliará grupos folclóricos e de culturas tradicionais que tenham seu projeto aprovado. Além disso, teremos novas oficinas durante o ano, que incluirá culinárias étnicas”, revela o coordenador de Etnias.

O programa
O Pavilhão Étnico faz parte de um conjunto de ações que busca melhorar a qualidade de vida e promover a animação do setor histórico. O programa nasceu para dar visibilidade às etnias que formam o povo curitibano, por meio de apresentações de dança e música, manifestações folclóricas, artes e comidas típicas. Todos os domingos, os grupos se revezam no palco do Memorial de Curitiba revelando as tradições de todos os povos, raças e países que aqui estão representados.

 

 

Autor: Assessoria de Imprensa

Fonte: Fundação Cultural de Curitiba

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