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07.05.2014Economia criativa e cultura são temas de audiência pública na CMC
A Câmara Municipal reuniu mais de 120 pessoas, na tarde desta segunda-feira (5), na primeira audiência pública para revisão do Plano Diretor de Curitiba. O evento teve como tema Economia Criativa e Cultura e contou com a presença de diversos representantes do poder público e segmentos da sociedade. Segundo o presidente da Comissão de Urbanismo e Obras Públicas, Jonny Stica, “o Plano Diretor é a oportunidade para que a cidade seja pensada de maneira produtiva”.
“Queremos estabelecer uma ligação mais próxima com o Executivo, sugerindo itens para que as secretarias tenham diretrizes ao construir o texto do plano. Por isso, é importante se falar em economia criativa e na cultura, que estão baseadas em serviços que se utilizam do conhecimento como matéria-prima, para gerar receitas com produtos e serviços”, destacou Stica.
Incentivar e fortalecer a importância econômica da cultura foi apresentada pelo presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Marcos Cordiolli, como uma das prioridades da atual gestão municipal. O gestor relatou que o município tem, inclusive, oferecido cursos de aperfeiçoamento sobre o tema para os servidores municipais.
“Podemos apostar num modelo econômico tradicional e ter um sucesso relativo, mas também podemos investir em outros segmentos com valor agregado mais alto e conseguir avançar ainda mais. O apoio do prefeito Gustavo Fruet nesse sentido tem sido decisivo para que isso esteja acontecendo”, explicou Cordiolli.
Modelos – O presidente da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (ASBEA-PR), Orlando Ribeiro, acrescentou que o plano diretor deve sempre levar em conta “os modelos urbanístico, jurídico e financeiro dos projetos, além da interação social e institucional” que os mesmos terão com a população.
A presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento S/A, Gina Paladino, afirmou que a economia criativa deve ser incentivada, a fim de fazê-la contribuir de maneira mais forte com o Produto Interno Bruno (PIB) do país. “A economia criativa existe, mas ainda não é tratada como um recorte da economia tradicional. Ela é um pedaço do setor de serviços e consegue estabelecer o mais alto valor agregado ao seu produto ou serviço dentro da economia”, explicou a economista.
Gina Paladino ainda destacou que Curitiba é a 12ª cidade mais criativa do Brasil, segundo dados de pesquisa realizada pela Federação do Comércio de São Paulo. “Uma das nossas maiores dificuldades é transformar pessoas criativas em empreendedoras. Os empreendimentos podem existir, mas se forem pequenos, se não alteram o PIB, não têm o poder de desenvolver e reter talentos na cidade, que é o maior patrimônio da economia criativa”, complementou.
Interação – Para Ricardo Dória, fundador da Aldeia Coworking, a economia criativa e a cultura não podem ser vistas como uma atividade a parte, mas sim, como um setor que se relaciona com as demais modalidades econômicas. O publicitário alertou ainda que, além de incentivos fiscais e econômicos, o poder público tem o dever de “criar eventos para priorizar a interação entre os segmentos econômicos e promover políticas de segurança e condições de trabalho para as empresas”. Para exemplificar a geração de riqueza a partir da cultura, Dória citou a banda sueca Abba “que durante muitos anos trouxe mais divisas para a Suécia do que a própria Volvo”.
Durante a audiência, quando temas como produção de software, moda, música entre outros foram citados, diversas pessoas manifestaram opinião e até apresentaram sugestões para a revisão do Plano Diretor da capital.
O comerciante Urandy Ribeiro do Val, por exemplo, acredita que é necessário pensar, também, em incentivo à economia criativa e cultura voltadas para a população idosa. “A terceira idade é uma das que mais consome turismo. Além disso, existem novas demandas por vestuário, tecnologias e mobiliários para esta classe”, destacou.
Presenças – Os vereadores Bruno Pessuti, Helio Wirbiski e Felipe Braga Côrtes também manifestaram suas opiniões sobre o tema em debate. Compareceram ainda à audiência, o vereador Mauro Ignacio, representantes de sindicatos de classe, das prefeituras de Campo Largo e Piraquara, da Secretaria de Estado de Cultura, Associação Comercial do Paraná, Sebrae, Sesi, Conselho de Arquitetura e Urbanismo, Ordem dos Advogados do Brasil, entre outros setores.
Autor: Assessoria de Imprensa da FCC
Fonte: CMC
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