21.05.2012Dalton Trevisan ganha Prêmio Camões

O escritor curitibano Dalton Trevisan é o vencedor da 24ª edição do Prêmio Camões de Literatura, o maior prêmio literário de língua portuguesa. Concedido pela Direção-Geral dos Livros e das Bibliotecas de Portugal, o prêmio foi anunciado nesta segunda-feira (21), em Lisboa, pelo secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas.

A presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Roberta Storelli, disse que é um prêmio a ser muito comemorado pela área cultural da cidade e pelos curitibanos. "Curitiba vive um grande momento na literatura, com autores importantes e diversas ações de incentivo à leitura na cidade. O prêmio a Dalton é merecido pela qualidade deste autor. É também um prêmio que valoriza todo o setor literário de Curitiba e do Brasil."

Um dos maiores escritores brasileiros da atualidade, Dalton Trevisan foi escolhido por unanimidade pelo júri formado por seis pessoas - dois representantes do Brasil, dois de Portugal e dois de países que adotam o português como língua oficial - que justificou assim a escolha: "Dalton Trevisan significa uma opção radical pela literatura enquanto arte da palavra. Tanto nas suas incessantes experimentações com a língua portuguesa, muitas vezes em oposição a ela mesma, quanto na sua dedicação ao fazer literário sem concessões às distrações da vida pessoal e social".

Conhecido pela sua reclusão, o autor curitibano é considerado o maior contista vivo do Brasil. Desde 1959, quando fez sua estreia literária com Novelas Nada Exemplares, marcou a ferro quente seu nome na literatura brasileira. Entre suas obras mais notáveis estão Cemitério de Elefantes, O Vampiro de Curitiba e Guerra Conjugal.

Toda sua obra é permeada pela presença marcante de Curitiba, seja como pano de fundo para as tramas ou mesmo como personagem de contos antológicos, como "Cemitério de elefantes". Desgracida, lançado em 2010, é dividido em duas partes: "Ministórias", com textos inéditos do escritor curitibano, e "Mal Traçadas Linhas", com cartas enviadas a amigos.

O Prêmio Camões foi instituído em 1988 para intensificar e complementar as relações culturais entre o Brasil e Portugal e conta com a adesão de outros Estados da Comunidade de Países da Língua Portuguesa (CPLP). O valor do prêmio é 100 mil euros, o equivalente a US$ 127,2 mil, pagos em partes iguais pelos governos do Brasil e de Portugal.

Trevisan é o décimo brasileiro a ganhar o Prêmio Camões. Antes dele, João Cabral de Melo Neto, Rachel de Queiroz, Jorge Amado, Antonio Candido, Autran Dourado, Rubem Fonseca, Lygia Fagundes Telles, João Ubaldo Ribeiro e Ferreira Gullar já haviam sido premiados.

Autor: Assessoria de Imprensa

Fonte: Fundação Cultural de Curitiba

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