11.09.2013 Audiovisual encerra primeira rodada do Papo de Classe

A primeira rodada dos encontros do Papo de Classe, promovidos pela Fundação Cultural de Curitiba, encerrou nesta terça-feira (10), com o debate entre o presidente Marcos Cordiolli e representantes da área de audiovisual. Ao todo foram nove encontros, realizados nas últimas semanas, com os diferentes segmentos artísticos – música, artes cênicas, circo, dança, literatura, artes visuais, novas linguagens, fotografia e audiovisual.

Cordiolli abriu o encontro fazendo um diagnóstico detalhado dos problemas enfrentados pelo setor, ponderando sobre as dificuldades do poder público de atender de forma imediata as demandas da classe, mas também apresentou perspectivas e uma série de projetos que pretende implementar na difusão, formação, incentivo à produção e adequação de espaços para o cinema. “Nossa intenção é discutir, debater as demandas, para construirmos juntos a política para o audiovisual”, disse.

Ex-diretor da Ancine – Agência Nacional do Cinema, Marcos Cordiolli conhece o setor, e colocou como uma de suas metas o reforço das políticas locais com ações fortes junto ao Ministério da Cultura. Uma delas é operar em Curitiba o sistema Cine Mais Cultura, criando espaços para exibição de filmes com equipamentos de projeção digital. Segundo o presidente da FCC, a ideia é incentivar a formação de cineblubes e contribuir com um circuito municipal alternativo de pelo menos dez salas. Também se pretende reativar o Cine Luz e dar início à construção do Cine Passeio.

Cordiolli foi questionado pelo cineasta Frederico Neto, um dos participantes do encontro, sobre as condições efetivas de se criar novos espaços quando os já existentes, como a Cinemateca e o Cine Guarani, carecem de manutenção. O presidente reconheceu que há problemas estruturais e melhorias serão feitas no ano que vem, quando haverá previsão orçamentária. Mas destacou que a ênfase das ações se dará sobre a difusão, sempre no sentido de formação de público e democratização do acesso à cultura, daí a preocupação de expandir os locais de exibição, além de recuperar os espaços já existentes. A Cinemateca, na sua opinião, deve reconquistar a sua credibilidade e voltar a ser um centro de referência.

Outros assuntos foram abordados com produtores e cineastas que também se manifestaram, entre eles João Krefer, Paulo Biscaia, Luiz Roberto Meira e Salete Sirino (presidente da Avec – Associação de Cinema e Vídeo do Paraná). Outros temas em debate foram o avanço na digitalização do acervo e na pesquisa sobre o audiovisual paranaense, a retomada dos trabalhos da Film Comission para regulamentar e facilitar o processo de obtenção de licenças de uso dos espaços para filmagens, a preocupação com as plataformas digitais, a retomada do projeto de criação de uma rádio e televisão pública municipal, o apoio a mostras e festivais temáticos, o apoio às produções independentes, a forma de participação dos representantes do setor no Conselho Municipal de Cultura, a criação de editais voltados à crítica de cinema, entre outros.

Autor: Assessoria de Imprensa da FCC

Fonte: Fundação Cultural de Curitiba

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